A invisibilidade da libras no cenário de saúde brasileira

Autores

  • Israel Campos Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Ana Beatriz de Almeida Nery Universidade do Recôncavo da Bahia
  • Anna Carolina Paiva Lôbo
  • Isabella Maria Duarte Lemos
  • Milla Crist Mato Grosso Seixas

DOI:

https://doi.org/10.31501/clogia.v16i3.15259

Resumo

Este artigo evidencia como a Língua Brasileiras de Sinais (LIBRAS) é negligenciada no Brasil, com destaque principalmente à conjuntura de saúde atual, visto que grande parte da população brasileira não ouvinte apresenta dificuldades para estabelecer uma comunicação eficiente com profissionais, como médicos, enfermeiros e psicólogos ouvintes, porquanto esses não dominam a comunicação através da LIBRAS. Assim, foi feita uma pesquisa científica, a partir de uma revisão narrativa de literatura, buscando uma reflexão crítica sobre a comunicação entre surdos e ouvintes, sobre o histórico da cultura surda, sobre as razões que culminam no atendimento ineficaz dos indivíduos com surdez e sobre os possíveis caminhos para solucionar os déficits do sistema de saúde para com a população não ouvinte

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BRASIL. Lei n°10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outras providências. Brasília, DF, [2002]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm.

BRASIL. Lei n° 12.319., de 1º de setembro de 2010. Regulamenta a profissão de tradutor, intérprete e guia-intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). (Redação dada pela lei n° 14.704 de 2023). Brasília, DF, [2010]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12319.htm.

BRASIL. Lei n° 14.704, de 25 de outubro de 2023. Altera a Lei n° 12.319, de 1º de setembro de 2010, para dispor sobre o exercício profissional e as condições de trabalho do profissional tradutor, intérprete e guia-intérprete da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Brasília, DF [2023]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Lei/L14704.htm.

BORDERNAVE, Juan E. Diaz. O que é comunicação. 37 Reimpressão. São Paulo: Editora Hedra Ltda, 2013.

CHAVEIRO, Neuma; BARBOSA, Maria Alves. Assistência ao surdo na área de saúde como fator de inclusão social. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 39, n. 4, p. 417-422, 2005. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0080-62342005000400007.

FRANÇA, Inacia Sátiro Xavier de; MAGALHÃES, Isabella Medeiros de Oliveira; SOUSA, Francisco Stélio de; COURA, Alexsandro Silva; SILVA, Arthur Felipe Rodrigues; BAPTISTA, Rosilene Santos. Sinais e sintomas clínicos de infecções sexualmente transmissíveis comunicados em Libras. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 50, n. 03, p. 458-465. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000400012.

GOLDFELD, Márcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. [s.I.]: Plexus Editora, 2002.

GOMES, Letícia Ferreira; MACHADO, Fernanda Cordeiro; LOPES, Mayara Melo; OLIVEIRA, Raiane Soares; MEDEIROS-HOLANDA, Bruno; SILVA, Luciana Bonifácio; BARLETTA, Janaína Bianca; KANDRATAVICIUS, Ludmyla. Conhecimento de Libras pelos Médicos do Distrito Federal e Atendimento ao Paciente Surdo. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 41, n. 04, p. 551-556. 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-52712015v41n3RB20160076.

HALL, Stuart; WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva. Petrópolis: Editora Vozes, 2000.

HOANG, Lisa et al. Assessing Deaf Cultural Competency of Physicians and Medical Students. Journal of Cancer Education, v. 26, n. 1, p. 175-182. 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s13187-010-0144-4.

OLIVEIRA, Adriano de; NETO, João Carneiro da Silva; MACHADO, Maria Lúcia Teixeira; SOUZA, Mariza Borges Brito de; FELICIANO, Adriana Barbieri; OGATA, Márcia Niituma. A comunicação no contexto do acolhimento em uma unidade de saúde da família de São Carlos, SP. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 12, n. 27, p. 749-762, out./dez. 2008. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1414-32832008000400006.

OLIVEIRA, Alana Santos Rios; OLIVEIRA, Carolyne Vieira de; JESUS, Rodrigo Francisco de; QUINTANILHA, Luiz Fernando; AVENA, Katia de Miranda. Ensino da Língua Brasileira de Sinais durante a graduação em Medicina: a percepção dos futuros médicos. Audiology - Communication Research, v. 27, p. 01-07. 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2317-6431-2022-2634.

OLIVEIRA, Yanik Carla Araújo de; CELINO, Suely Deysny de Matos; COSTA, Gabriela Maria Cavalcanti. Comunicação como ferramenta essencial para assistência à saúde dos surdos. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 01, p. 307-320. 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0103-73312015000100017.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.

PERLIN, Gladis; MIRANDA, Wilson. Surdos: o narrar e a política. Ponto de Vista, Florianópolis, v.5, n.5, p. 217-226, janeiro, 2003. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/pontodevista.

STROBEL, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Editora da UFSC, 2008.

STROBEL, Karin. História da educação de surdos. Florianópolis: Editora da UFSC, 2009.

TOFFOLO, Andreia Chagas Rocha; BERNARDINO, Elidéa Lúcia Almeida; VILHENA, Douglas De Araújo; PINHEIRO, Ângela Maria Vieira. Os benefícios da oralização e da leitura labial no desempenho de leitura de surdos profundos usuários da Libras. Revista Brasileira de Educação, v. 22, n. 71, p. 01-24. 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-24782017227165.

Downloads

Publicado

2024-11-04

Como Citar

Campos, I., Nery, A. B. de A. ., Lôbo, A. C. P., Lemos, I. M. D., & Seixas, M. C. M. G. (2024). A invisibilidade da libras no cenário de saúde brasileira. Comunicologia - Revista De Comunicação Da Universidade Católica De Brasília, 16(3). https://doi.org/10.31501/clogia.v16i3.15259

Edição

V. 16, N. 3, SET./DEZ., 2023

Seção

Artigos Livres

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.

  2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

  3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).