ESCLARECENDO NOÇÕES DE EXCESSO, ATRAÇÕES E PERFORMATIVIDADE EM O LOBO DE WALL STREET
Palavras-chave:
Cinema, Martin Scorsese, O Lobo de Wall Street, Excesso, Cinema de atraçõesResumo
Alguns termos se tornaram usuais na teoria cinematográfica a partir da metade final do século XX. No entanto, excesso, atrações e performance são noções cujas especificidades e interfaces nem sempre são situadas da forma mais clara possível. O artigo usa um filme do cinema hegemônico contemporâneo, O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese, como forma de analisar de que modo todas essas linhas teóricas se entrecruzam na prática cinematográfica. O filme foi escolhido, em parte, por conta de sua recepção midiática, que frisou seu conteúdo “excessivo”. O que ficou claro, no entanto, é que o termo foi usado, nesse caso, como sinônimo de taxação moral, o que denota, por fim, uma concepção de cinema baseada em ditames do racionalismo ocidental.
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