O princípio do contraste no enfrentamento de violência contra a mulher

Autores

  • Patrícia Renata da Silva Batista Universidade Católica de Brasília (UCB)
  • Amalia Raquel Pérez-Nebra Universidade Católica de Brasília (UCB)

DOI:

https://doi.org/10.31501/comunicologia.v8i1.6479

Resumo

O presente trabalho investigou a efetividade de campanhas de comunicação no combate à violência contra mulheres e teve por objetivo descrever a direção de influência do princípio do contraste para esse tipo de campanha pública. Um experimento foi desenhado com dois grupos (assimilação e contraste) e dele participaram 60 homens. Apresentou-se a propaganda para os participantes e se faziam questões não relacionadas à violência. Ao final, apresentaram-se como pesquisa não relacionada um inventário sobre agressão e outro de desejabilidade social. Os
resultados sugeriram uma diferença significativa na diminuição de agressão física quando se aplica o efeito do contraste.
A hipótese explicativa para esse resultado é que os participantes estão acostumados a visualizar peças publicitárias
sobre o enfrentamento de violência contra a mulher nas quais se utilizam imagens de mulheres. Verificou-se também a
desejabilidade social apenas no grupo em que não houve o contraste, sugerindo que os papéis sociais estão enraizados.
Ou seja, considera-se que os participantes do grupo em que não se aplicou o efeito do contraste tenderam a expressar 
respostas consideradas mais aceitáveis ou aprovadas socialmente. Discutiu-se o efeito surpresa ao aplicar o contraste,
a identificação com o personagem da propaganda e a última hipótese explicativa foi a de supercorreção no processo de
autorregulação na exposição ao contraste. Conclui-se que o princípio do contraste pode ser utilizado para campanhas
publicitárias e apresenta efeito.

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Publicado

2015-12-17

Como Citar

Batista, P. R. da S., & Pérez-Nebra, A. R. (2015). O princípio do contraste no enfrentamento de violência contra a mulher. Comunicologia - Revista De Comunicação Da Universidade Católica De Brasília, 8(1), 52-70. https://doi.org/10.31501/comunicologia.v8i1.6479

Edição

Seção

Artigos