Soy Loco por ti America?: Aspectos da Gramática de Produção Jornalística da Revista Veja sobre a América Latina
DOI:
https://doi.org/10.31501/comunicologia.v8i1.6482Resumo
As diversas manifestações culturais, as similaridades históricas de países colonizados e de regimes ditatoriais, as intervenções intelectuais e as articulações dos movimentos sociais são, em linhas gerais, fatores que garantem a face latina do continente sul-americano. Eles unem diferentes nacionalidades num sentimento comum, como aquele mostrado em uma das primeiras canções brasileiras a serem gravadas em portunhol e intitulada Soy Loco por Ti America, que traduzia o desejo de se superar o afastamento natural entre povos de idiomas diferentes. No entanto, esses fatores parecem não reverberar nas manchetes da imprensa brasileira, nem ser o centro dos grandes debates da agenda pública atual. A partir das recentes teorias da notícia, o presente artigo procura desvendar a gramática de produção que rege a atividade jornalística da revista Veja quando o assunto é América Latina. Para isso, pressupõe a existência de uma distância políticocultural entre o Brasil e os demais países latinos, que arregimentaria os mecanismos contratuais emissor-receptor doveículo de informação semanal brasileiro. Seja pela diferença linguística, seja por identidade cultural ou até mesmo pelas
condições sociais, os noticiários internacionais no país parecem reservar mais espaço para o eixo Europa-Estados Unidos
do que propriamente para fatos com uma proximidade geográfica maior. O Brasil da grande imprensa brasileira parece
comporta-se, pois, como uma ilha sociocultural no continente latino americano.
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