A DEMOCRACIA E OS MOVIMENTOS SOCIAIS DA ESPANHA: UM OLHAR ESPECIAL AO “BARCELONA EM COMUM”
DOI:
https://doi.org/10.31501/repats.v5i2.10305Resumo
O artigo traz à tona a questão do comum, como forma de produção complementar do capitalismo, não excluindo esse modelo econômico, mas atuando como alternativa à sua crise, apresentando um movimento social como propulsor do tema na atualidade, sob enfoque da democracia participativa. Entende-se que a democracia só existe de fato onde os cidadãos tem papel fundamental na discussão, atuação e elaboração, como participantes ativos e consultados nos processos de criação das leis, as quais não devem partir de forma vertical de cima para baixo, mas mediante diálogo com a comunidade. Utilizando o método bibliográfico, busca-se demonstrar a história da criação do partido Podemos, cuja atuação em Barcelona usou como tema chave “Barcelona em Comum”, a partir das manifestações sociais espanholas do movimento intitulado de indignados, o 15M, que tomou relevância a partir de ações sociais que buscaram um alternativa à crise da hipoteca, e as mudanças práticas e legislativas vigentes após a eleição da candidata à prefeita do partido. Conclui-se que, de fato, o comum, como princípio político, está em prática e fazendo diferença em Barcelona, demonstrando aceitação, de modo geral, dos cidadãos, embora seja um modelo político muito recente para analisar com firmeza os impactos positivos da atuação.