APTIDÃO FÍSICA DE CANDIDATOS À POLICÍA RODOVIÁRIA FEDERAL AO FINAL DO CURSO DE FORMAÇÃO: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO
UN ESTUDIO EXPLORATORIO
DOI:
https://doi.org/10.31501/rbcm.v33i1.14448Resumo
O objetivo desse estudo foi caracterizar, de modo exploratório, a aptidão física da maior turma de concludentes do Curso de Formação Profissional da Polícia Rodoviária Federal do Brasil (PRF). A amostra foi composta por 1433 candidatos (198 – 13,8% – do sexo feminino), com mediana de 30 (19 – 48) anos e IMC de 24,73 (16,45 – 33,53) kg/m². Os candidatos foram avaliados em todos os componentes da aptidão física para a saúde e em agilidade e potência muscular. Os desempenhos foram comparados por sexo e por faixa etária, empregando-se, respectivamente, os testes de Mann-Whitney e de Kruskall Wallis, ao nível de 5% e expressando os dados como valores medianos (mínimo - máximo). Os resultados mostraram elevado padrão de aptidão física, menor desempenho físico entre as mulheres comparativamente aos homens (p<0,01), em todos os testes e faixas etárias, variando entre -7,7 e -19,9%, com exceção da flexibilidade, onde a mulheres tiveram rendimento 4,1% maior. Observou-se ainda que o efeito negativo da idade no desempenho físico só ocorreu entre os homens, e de forma mais acentuada nos testes de força/resistência muscular. Conclui-se que a aptidão física dos concluintes no curso de formação para ingresso na PRF se mostrou superior à população em geral e a de outras forças policiais. As diferenças observadas entre os sexos, em amostra quantitativamente tão expressiva, pode subsidiar definições de variação nos critérios de exigência mínima entre os sexos. O declínio de rendimento entre os homens em faixa etária tão restrita, aliado à idade média de ingresso e ao aumento no tempo na carreira frente às atuais regras previdenciárias do Brasil, justifica a implementação de ações de treinamento físico sistemático para preservação da boa aptidão física ao longo da carreira.