REFLEXÕES SOBRE A ARBITRAGEM NA GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA DO BRASIL SEGUNDO A PERSPECTIVA DE SEUS PROTAGONISTAS

Autores

  • Mauricio Santos Oliveira Universidade Federal do Espírito Santo
  • Filipe Alves Noé Universidade Federal do Espírito Santo
  • Marco Antonio Coelho Bortoleto Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.31501/rbcm.v27i4.10137

Resumo

A Ginástica Artística possui um sistema de pontuação qualitativo no qual a apreciação subjetiva é pautada por um intrincado conjunto de regras que visa garantir uma classificação justa dos competidores. Frequentemente, devido a essa característica qualitativa do processo avaliativo da Ginástica Artística, seja através da mídia ou em manifestações públicas durante os eventos competitivos, podemos constatar a insatisfação de atletas, treinadores e do público acerca das notas obtidas, isto é, sobre a avaliação realizada. Compreendemos que quanto maior for o nível técnico da competição, mais sutis serão as diferenças nas apresentações dos atletas e, por conseguinte, maior será a importância da precisão da arbitragem para determinar os ginastas campeões. Parte da complexidade desse sistema de avaliação reside na formação adequada e especializada dos árbitros, assim como na necessidade de atualização constante e experiência em competições dos mesmos. Dito isso, objetivamos discutir aspectos distintos inerentes à arbitragem na Ginástica Artística Masculina brasileira. Metodologicamente realizamos um estudo descritivo exploratório, cuja coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas com especialistas da modalidade que atuam diretamente com a arbitragem. Para a organização e o tratamento dos dados, recorremos à Análise de Conteúdo, segundo os pressupostos estabelecidos por Laurence Bardin. Os resultados destacam avanços consideráveis na formação e nas condições de atuação dos árbitros brasileiros, assim como o incentivo para que continuem a se aprimorar na carreira. No entanto, a escassa oferta de cursos dificulta o aprimoramento da arbitragem, bem como o aumento da quantidade de árbitros. Aspecto que, consequentemente, afeta o desenvolvimento da modalidade no país.

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Biografia do Autor

Mauricio Santos Oliveira, Universidade Federal do Espírito Santo

Licenciado Pleno e Bacharel em Treinamento em Esportes pela Faculdade de Educação Física (FEF) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Mestrado em Educação Física, na área de concentração Educação Física e Sociedade - Linha de pesquisa Esporte e Sociedade - pela FEF/UNICAMP. Doutor em Ciências pela Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (USP) na área de concentração Pedagogia do Movimento Humano. Ademais, possui o título de instrutor em esportes pela Escola de Ginástica de Ollerup (Gymnastikhøjskolen i Ollerup) na Dinamarca. Líder do Núcleo de Pesquisa em Ginástica (NPG), membro da Equipe Universitária de Estudos da Ginástica e do Grupo de Estudos e Pesquisa em Ginástica da USP (GYMNUSP). Docente no Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) alocado no Departamento de Desportos. Professor permanente do Programa de Pós-graduação em Educação Física do CEFD/UFES.

Filipe Alves Noé, Universidade Federal do Espírito Santo

Graduado no ensino médio integrado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo(2015) e graduando do curso de bacharelado em Educação Física. Bolsista de Iniciação Científica - CNPq.

Marco Antonio Coelho Bortoleto, Universidade Estadual de Campinas

Graduado (Licenciatura Plena) em Educação Física pela Universidade Metodista de Piracicaba (1997), Mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (2000), Doutorado pela Universidade de Lleida (2004) no Instituto Nacional de Educação Física da Catalunha (INEFC) na Espanha (2004) e Livre Docente (Professor Associado) FEF-UNICAMP (2016). Realizou Estágio de Pós-doutorado na Faculdade de Motricidade Humana (FMH) da Universidade de Lisboa (Portugal) (2010-2011) e na Universidade de Manitoba (Canadá, 2018). Professor visitante na Universidad A Coruña (Espanha) em 2011 e na Universidad de La Plata (Argentina, 2017). Professor de Acrobacia na Escola de Circo de Barcelona (Espanha, 2001-2005). Casado e pai da Leticia e da Alicia! Atualmente é Professor MS5 (Livre Docente / Associado) do Departamento de Educação Física e Humanidades (DEFH) da Faculdade de Educação Física da UNICAMP. Membro do Comitê de Ginástica para Todos (GPT 2012-2020) e da Comissão de Educação (2017-20) da Federação Internacional de Ginástica (FIG). Pesquisa na área de Educação Física, com ênfase na Ginástica e no Circo, enfocando nas seguintes temáticas: pedagogia e segurança das atividades circenses; cultura de treinamento da ginástica artística; formação em Ginástica para Todos; Tecnologias elásticas e formação de acrobatas. Tem suas pesquisas fundamentadas principalmente na Praxiologia Motriz.

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Publicado

2019-12-20

Edição

Seção

Artigo Original