O ENSINO INTUITIVO E SUAS POSSIBILIDADES PARA UMA PRÁXIS EDUCATIVA: UM ESTUDO DAS TEORIAS PEDAGÓGICAS DA ESSÊNCIA E DA EXISTÊNCIA EM SUCHODOLSKI
Palavras-chave:
Ensino Intuitivo, Práxis Educativa, Pedagogias da Essência e da ExistênciaResumo
Utilizando a metodologia de revisão bibliográfica, este estudo procura mostrar que o ensino intuitivo (Pestalozzi) pode ser utilizado como ferramenta para uma práxis educativa e transformadora (Gramsci), alinhada à noção de uma Pedagogia da Existência (Suchodolski). Para tanto, procura responder à seguinte questão: o ensino intuitivo de bases pestalozzianas alinha-se mais com a noção de uma Pedagogia da Essência ou Pedagogia da Existência? Uma questão ligada ao seguinte objetivo geral: verificar se o ensino intuitivo de bases pestalozzianas pode ser inserida dentro da noção de uma práxis educativa, nos termos de Gramsci. Um objetivo que é desmembrado em outros três objetivos específicos, a saber: (1) descrever a história e noção de ensino intuitivo em Pestalozzi; (2) descrever os conceitos de Filosofia da Práxis e práxis educativa, segundo Gramsci; (3) descrever as noções de pedagogias da Essência e da Existência de Suchodolski. Como justificativa, tem-se a necessidade de situar a corrente pedagógica do ensino intuitivo dentro de teorias pedagógicas e filosóficas contemporâneas, uma vez que o ensino intuitivo, ainda que não tenha desaparecido das práticas da escola atual, é muitas vezes desconhecido enquanto teoria pelos educadores que o enxergam como uma metodologia circunscrita ao século XIX, quando foi criado por Pestalozzi, e onde ganhou grande força com as chamadas “Lições de Coisas”. Conclui-se que o ensino intuitivo, baseado nas ideias de Pestalozzi, difere da noção de aprendizagem intuitiva na História da Filosofia. Enquanto o ensino intuitivo de Pestalozzi coloca o aluno no centro do processo de construção do conhecimento, a aprendizagem intuitiva clássica envolvia a aquisição irrefletida de conhecimento pronto. Portanto, o ensino intuitivo não segue a Pedagogia da Essência, mas sim a da Existência, promovendo uma educação mais viva, humana e criativa, focada na intuição e no contato sensível com a realidade dos alunos. Isso o torna uma abordagem metodológica relevante para as escolas atuais, indo além da sua origem no século XIX e enfatizando a transformação e a reflexão crítica na educação.
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