A relação da literatura clássica brasileira com o racismo: uma análise sobre a reprodução dos estereótipos de raça
Resumo
Este artigo aborda a relação da literatura clássica brasileira com o racismo, analisando como os estereótipos de raça são reproduzidos em determinadas obras. O estudo utiliza teorias sobre formas, criação e ordem dos discursos, estereótipos como artifícios dos discursos e técnicas persuasivas presentes nesses discursos, buscando compreender como essas ferramentas são usadas na disseminação de estereótipos de raça e etnia, e muitas vezes utilizadas para fomentar ideias racistas. Para ilustrar essas ideias, foram apresentados excertos de obras clássicas da literatura brasileira, como A Escrava Isaura, O Cortiço, Os Sertões, A Moreninha, Gabriela Cravo e Canela e várias obras de Monteiro Lobato. O artigo destaca como essas obras contêm passagens que podem ser interpretadas como racistas ou contendo estereótipos sobre determinadas raças, à luz da história que conhecemos atualmente. O estudo dessas obras tem como objetivo fornecer informações importantes sobre a nossa formação cultural e compreender o racismo estrutural existente em nossa sociedade. Autores como Michel Foucault e Adilson Citelli são usados para a compreensão teórica dos discursos, enquanto Angela Davis, Bell Hooks, Conceição Evaristo e Jessé Souza são usados para auxiliar na interpretação das passagens dos clássicos brasileiros, oferecendo uma visão social e teórica crítica sobre cultura e racismo. O estudo busca contribuir para o debate necessário sobre as diferenças sociais e a mudança de paradigmas e convenções da sociedade para um desenvolvimento social justo e equânime, levando em consideração a importância da literatura brasileira no aspecto formativo e cultural da nossa sociedade.
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