ÓLEOS DE APLICAÇÃO LOCAL INTRAMUSCULAR: EPIDEMIOLOGIA DO USO EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

Autores

  • ANDRÉA MARIA PIRES AZEVEDO UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO/UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • ALAN CARVALHO DIAS FERREIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • URIVAL MAGNO GOMES FERREIRA Univerdad Católica Nuestra Señora de la Asunción

DOI:

https://doi.org/10.18511/rbcm.v17i3.1050

Resumo

Introdução: Há muito que se observa a utilização de substâncias que incrementam o desempenho na musculação quando não se conquista o músculo hipertrofiado, no tempo esperado, garantindo o volume desejado. Objetivo: descrever a utilização dos óleos de aplicação local intramuscular na prática da musculação na cidade de João Pessoa, Paraíba. Metodos: as informações foram coletadas por questionário previamente validado, estruturado e fundamentado a partir de artigos científicos da literatura. Participaram do estudo 510 praticantes de musculação (masculino= 405 e feminino= 105), de 52 academias de ginástica, usuários ou não de óleos de aplicação local intramuscular, de 18 a 57 anos de idade (média= 24,99; dp= 6,29) da cidade de João Pessoa (PB), em 2008. Foi realizada análise univariada dos dados e o teste qui-quadrado com nível de significância de 5%. Resultados: entre os praticantes de musculação 11% utilizava algum tipo de óleo de aplicação local, prevalecendo o ADE (85,7%; p<0,05) sobre o uso concomitante de ADE e óleo mineral (10,7%) e, apenas óleo mineral (3,6%). A média de idade dos usuários foi de 24,14 ± 4,91 anos, todos do sexo masculino. Os usuários freqüentavam principalmente as academias da zona sul (55,4%; p=0,001), tinham renda familiar entre 1 e 3 salários mínimos (65,5%; p=0,0005). 53,6% dos usuários sentiram algum efeito colateral, como dor local (60%); febre local (50%); nódulos, furúnculos e febre geral (16,7%); taquicardia, dormência no local da aplicação, queda de cabelo e diminuição da libido (6,7%); bem como cálculo renal e insuficiência respiratória (3,3%). Conclusão: estes achados identificam e contribuem para o entendimento de um grave problema que demanda medidas oficiais, além de postura adequada nas áreas da saúde, especialmente a Educação Física, especialidade à qual necessitam tanto a informação dos potenciais distúrbios decorrentes, quanto às medidas preventivas que possam ser implementadas.

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Biografia do Autor

ANDRÉA MARIA PIRES AZEVEDO, UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO/UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA INTER-RELAÇÃO ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE (Discente de Mestrado do Programa Associado de Pós-graduação em Educação Física UPE/UFPB, vinculada à linha de Pesquisa: Inter-relação Atividade Física e Saúde. Integrante do Grupo de Pesquisa em Estilo de Vida e Saúde (GPES) - Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, Pernambuco)

ALAN CARVALHO DIAS FERREIRA, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO EXPERIMENTAL (Discente do Programa de Mestrado em Ciências da Nutrição da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Integrante do Laboratório de Nutrição Experimental/Departamento de Nutrição/UFPB, João Pessoa, Paraíba)

URIVAL MAGNO GOMES FERREIRA, Univerdad Católica Nuestra Señora de la Asunción

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA MEDICINA DO ESPORTE (Discente do Programa de Doutoramento em Medicina do Esporte da Univerdad Católica Nuestra Señora de la Asunción - PY/Medicina do Esporte/Departamento de Educação Física)

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Publicado

2009-12-22

Edição

Seção

Artigo Original