ENERGÉTICA E DESEMPENHO EM 200 M NADO CRAWL REALIZADO SOB MÁXIMA INTENSIDADE

Autores

  • Flávio de Souza Castro UFRGS
  • Carlos Bolli Mota UFSM

DOI:

https://doi.org/10.18511/rbcm.v18i2.1347

Resumo

A prova de 200 m nado livre apresenta condições energéticas que oferecem desafios para nadadores, treinadores e cientistas do esporte. Objetivos deste estudo foram identificar (1) a energia total associada a uma prova de 200 m nado livre simulada; (2) a contribuição do metabolismo aeróbio e anaeróbio à energia total; e (3) as correlações entre desempenho, contribuição aeróbia, contribuição anaeróbia e energia total. Participaram 12 nadadores do sexo masculino (idade: 18,3 ± 2,9 anos), cujo melhor tempo na prova de 200 m nado livre era 125,2 ± 2,7 s. Além de variáveis antropométricas, foram obtidos, de 200 m nado crawl, executados em piscina de 25 m, sob máxima intensidade, desempenho em s, transformados em valores pontuais (DESP), considerando o recorde mundial da prova como 1000 pontos. Antes da realização dos 200 m foram identificados o consumo de oxigênio (VO2r) e a concentração de lactato, ambos de repouso ([LAr]). Após os 200 m foram identificados o consumo de oxigênio pós esforço (VO2e), pelo método de retroextrapolação e o pico de concentração de lactato P[LA]. Para identificar os valores de VO2 foi utilizado um analisador de gases portátil e para os valores de [LA] um lactímetro portátil. Dos valores de VO2 e [LA] foram calculados os valores líquidos dos mesmos (VO2l e [LAL] e a energia total (Etot) relativa aos 200 m. O desempenho dos nadadores avaliados foi de 130,2 ± 2,8 s (711,8 ± 29,1 pontos). Valores de VO2l, [LA]L e Etot foram de, respectivamente, 55,5 ± 5,5 •kg-1•min-1, 11,15 ± 1,17 mmol•l-1 e 67,2 ± 5,5 ml•kg-1•min-1. A contribuição aeróbia foi de aproximadamente 80%. Correlações significativas e negativas foram encontradas entre DESP e VO2l e entre DESP e Etot. Nadadores mais econômicos apresentam melhor desempenho na prova de 200 m nado livre.

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Biografia do Autor

Flávio de Souza Castro, UFRGS

Professor Adjunto do Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Carlos Bolli Mota, UFSM

Professor Adjunto do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Santa Maria

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Publicado

2011-01-21

Edição

Seção

Artigo Original