EXERCÍCIO ISOMÉTRICO COM GRANDE MASSA MUSCULAR É O MELHOR MODELO PARA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS NA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA? UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.31501/rbcm.v33i1.15372Resumo
O Exercício Isométrico (EI) é uma estratégia promissora para a redução dos níveis pressóricos, sobretudo em pacientes hipertensos. Os efeitos agudos do exercício isométrico, observados imediatamente após uma sessão, incluem a redução transitória da pressão arterial, atribuída à ativação de mecanismos hemodinâmicos e neuro-hormonais, denominado hipotensão pós-exercício isométrico. Por outro lado, os efeitos crônicos, decorrentes de sessões repetidas ao longo do tempo, demonstram uma redução sustentada da pressão arterial, associada a ajustes vasculares e melhorias na função endotelial. A comparação entre estudos com EI utilizando pequena e grande massa muscular revela que o EI com grande massa muscular parece promover reduções mais significativas na pressão arterial. Contudo, há um hiato na literatura analisando este contexto. Realizamos buscas abrangentes em bases de dados eletrônicas: PubMed, Scopus, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), Google Scholar, Embase, Enhancing the Quality and Transparency of Health Research (EQUATOR) e Web of Science. Os critérios de inclusão adotados para esta revisão foram estudos sobre os efeitos agudos e crônicos do EI sobre os parâmetros cardiovasculares em humanos, publicados entre 2014 e 2024, em inglês ou português. Excluímos estudos com amostras pequenas ou inadequadas; estudos agudos com análises da pressão arterial pós-exercício isométrico com menos de 30 minutos; e estudos crônicos com menos de quatro semanas de intervenção. A análise crítica dos estudos selecionados foi realizada por três avaliadores experientes sobre EI e hipertensão arterial, focando nos métodos, populações estudadas, tipo e duração do exercício e os principais achados relacionados à pressão arterial. Tanto o EI agudo quanto o crônico realizado com grande massa muscular podem ser uma alternativa viável como adjuvante na resposta hipotensora pós-exercício em normotensos e, sobretudo, em pacientes hipertensos. No entanto, cuidados adicionais em relação à segurança vascular, cerebrovascular emúsculo-esquelética devem ser considerados, especialmente em pacientes com risco cardíaco e problemas osteomioarticulares