FUTEBOL E O BAR: ASSISTÊNCIA AO ESPORTE NACIONAL BRASILEIRO - DOI: http://dx.doi.org/10.18511/0103-1716/rbcm.v22n4p55-67

Autores

  • Milena Avelaneda Origuela Universidade Metodista de Piracicaba
  • Cinthia Lopes Da SIlva Universidade Metodista de Piracicaba

DOI:

https://doi.org/10.18511/rbcm.v22i4.4995

Resumo

Este trabalho tem por objetivo identificar e analisar os significados da assistência aos jogos de futebol no bar. O futebol faz parte da identidade brasileira e pode ser estudado sob diversos ângulos como jogo, rito, esporte. É a paixão dos brasileiros e é tematizado o tempo todo. Essa paixão não pode ser explicada somente com base em uma visão biológica ou funcionalista, mas sobretudo a partir de uma combinação entre os códigos do futebol e o contexto cultural brasileiro. Um dos problemas que identificamos relacionados ao futebol é que parte significativa dos trabalhos acadêmicos enfoca somente a prática dessa modalidade esportiva, desconsiderando muitas vezes os outros dois gêneros do lazer que são o conhecimento e a assistência. Outro problema é com relação a assistência ao futebol, sendo frequentemente compreendida como passiva no sentido de um simples consumo do jogo sem criatividade ou criticidade por parte do espectador. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica a partir de um levantamento às obras de autores da Antropologia, Sociologia e da Educação Física que se centram em um referencial sociocultural. Também realizamos pesquisa de campo, com observação participante a alguns jogos de futebol vistos em um bar escolhido previamente na cidade de Piracicaba e com entrevistas semi-estruturadas. Foram realizadas quatro visitas ao bar investigado em diferentes campeonatos de futebol. Concluimos que os significados atribuídos à assistência aos jogos de futebol no bar pelos entrevistados envolvem o interesse físicoesportivo e social do lazer e foi possível compreender que o futebol é um “jogo absorvente” por apaixonar as pessoas, absorvê-las de forma a agirem durante o jogo de forma diferente do seu cotidiano, realizando atos como gritar, xingar e chorar em público.

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Publicado

2014-10-14

Edição

Seção

Artigo Original