RELAÇÃO DAS FORÇAS MUSCULARES RESPIRATÓRIA E PERIFÉRICA COM A LIMITAÇÃO FUNCIONAL EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA - DOI: http://dx.doi.org/10.18511/0103-1716/rbcm.v23n1p136-145

Autores

  • Gabriéle Cândido Chiodelli Prefeitura Municipal de Florianópolis
  • Cintia Laura Pereira de Araujo Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Cardine Martins dos Reis Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Fernanda Rodrigues Fonseca Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Manuela Karloh Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Anamaria Fleig Mayer Universidade do Estado de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.18511/rbcm.v23i1.5113

Resumo

A redução de força muscular está presente em pacientes com insuficiência cardíaca (IC), normalmente associada a perdas de massa muscular, gerando fadiga e dispneia, que pode reduzir a capacidade de executar as atividades da vida diária (AVD). Entretanto, o impacto do prejuízo da força de cada compartimento muscular – de membros superiores, inferiores e respiratório - na capacidade funcional de pacientes com IC permanece desconhecido. Portanto, o presente estudo teve como objetivo verificar a relação das forças musculares respiratória e periférica com a capacidade funcional em pacientes com IC. Nove sujeitos com IC, idade de 53,5±6 anos, classe funcional II e III (NYHA) e fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE) de 26,2±8,1% foram avaliados quanto a: função pulmonar, pressão muscular inspiratória (PImax) e expiratória (PEmax), força muscular de quadríceps (FMq) e de preensão palmar (FMp), tempo despendido no teste de AVD-Glittre (TGlittre), distância percorrida no teste da caminhada de seis minutos (TC6min) e escores de dispneia, limitação funcional e qualidade de vida. A FMq foi 29,7±6,3 kgf; 71±18,8%prev, FMp foi 355,5±87,9 N; 96,1±16,2%prev. A PImax foi de -69,4±26,2 cmH2O; 64,4±22,2%prev e a PEmax foi de 94,1±16,3 cmH2O; 78,4±26%prev. O tempo médio despendido no TGlittre foi 4,9±1,3min e a distância no TC6min foi 417,6±97,1m, que correspondeu a 74,4±18,3%prev. O TGlittre mostrou forte correlação com a FMq (r=-0,82; p=0,006), não apresentando associação com as demais forças musculares. O domínio atividades domésticas da LCADL se correlacionou com distância do TC6min (r=-0,79; p=0,01). A FMp apresentou correlação significante com a PImax (r=0,76; p=0,01) e com a FMq (r=0,70; p=0,03). Conclui-se que os pacientes com IC estudados apresentam redução de força muscular inspiratória, expiratória e de membros inferiores. Entretanto, somente a força de membros inferiores mostrou estar fortemente relacionada à limitação funcional nesses pacientes.

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Publicado

2015-03-25

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Artigo Original