OS ESPORTES COLETIVOS NA ESCOLA: REFLEXÕES SOBRE AS ATIVIDADES CURRICULARES DESPORTIVAS

Autores

  • Fabiana Andreani Instituto Federal de São Paulo
  • Adriano Gomes de Moraes Universidade Estadual Paulista - UNESP/Bauru-SP
  • Beatriz Carvalho Cavalieri Universidade Estadual Paulista - UNESP/Bauru-SP
  • Lílian Aparecida Ferreira Universidade Estadual Paulista - UNESP/Bauru-SP

DOI:

https://doi.org/10.31501/rbcm.v27i3.9551

Resumo

Na educação escolar pública do estado de São Paulo, além do momento de aprendizagem do esporte nas aulas de Educação Física, os alunos também têm a possibilidade de participar de atividades esportivas no contraturno, nas chamadas turmas de Atividades Curriculares Desportivas (ACDs) que possuem três categorias de modalidades: esportes (individuais e coletivos), lutas e ginásticas. As ACDs vêm sendo realizadas desde 2001 nas escolas estaduais de São Paulo, contudo, ainda carecem de estudos que nos ajudem a compreender tanto sua caracterização quanto seu processo de desenvolvimento no ambiente escolar. Neste sentido, os objetivos do presente artigo foram identificar e analisar as ACDS de esportes coletivos desenvolvidas nas escolas pertencentes a uma diretoria de ensino no interior de São Paulo. A pesquisa, de abordagem qualitativa, envolveu análise documental e investigação de campo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 17 professores e aplicado questionário a 292 alunos, todos estes envolvidos nas turmas de ACDs. Os resultados, após intensa leitura e relações com a literatura correspondente, foram organizados em três categorias de análise, a saber: Circunscrevendo as ACDs (modalidades, gênero e faixa etária); Metodologias de ensino; Expectativas em relação às ACDs. Os dados evidenciados nas três categorias explicitam que o futsal é a modalidade mais presente nas escolas, as turmas masculinas são mais frequentes, as metodologias de ensino baseiam-se majoritariamente em práticas tradicionais de ensino, as expectativas dos docentes relacionam-se mais com os resultados nos jogos escolares enquanto a dos alunos se assenta no gosto pelo esporte que praticam. Nesse sentido, evidenciamos a necessidade de programas de formação continuada que possam desconstruir a visão esportiva seletiva e excludente dos docentes, circunscrita pelo esporte de alto-rendimento. Se quisermos defender uma escola democrática e inclusiva tal visão do esporte precisa ser modificada.

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Biografia do Autor

Fabiana Andreani, Instituto Federal de São Paulo

Possui graduação em Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - UNESP/Presidente Prudente (2005), Pós-Graduação "Lato Sensu" em Educação Infantil pela mesma Universidade e mestrado em Docência para a Educação Básica na UNESP/Bauru. Atualmente é professora do Ensino Básico Técnico e Tecnológico do IFSP - Instituto Federal de São Paulo, Campus de Tupã.

Adriano Gomes de Moraes, Universidade Estadual Paulista - UNESP/Bauru-SP

Graduação em andamento em Educação Física.

Beatriz Carvalho Cavalieri, Universidade Estadual Paulista - UNESP/Bauru-SP

Licenciada em Educação Física pela Faculdades de Ciências da Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP-Bauru.Atualmente cursa bacharelado em Educação Física pela UNESP-Bauru.

Lílian Aparecida Ferreira, Universidade Estadual Paulista - UNESP/Bauru-SP

icenciada em Educação Física pela Escola Superior de Educação Física de Jundiaí (1995), mestrado em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/Rio Claro (2000) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (2005).

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Publicado

2019-08-24

Edição

Seção

Artigo Original