Variação dos níveis séricos de cortisol em trabalhadores noturnos
Resumo
Objetivo: Trabalhadores noturnos laboram e repousam em horários contrários aos do padrão cronobiológico - dormem quando o organismo está preparado para realizar atividades e trabalham quando a eficácia física e psíquica está geralmente reduzida. Essa mudança altera os ritmos biológicos do organismo, como o do cortisol. O presente estudo objetivou avaliar alterações nos níveis de cortisol em trabalhadores noturnos, além de observar os dados sócio demográficos, antropométricos e laboratoriais antes e após um turno de trabalho. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, observacional, em que foram avaliados 32 trabalhadores noturnos de um serviço de urgência móvel, com as seguintes características: média etária de 45 (35-55) anos, 20 homens e 12 mulheres. Resultados: Entre os indivíduos avaliados, 31,2% tinham circunferência abdominal acima do normal; 44% obesos; 11,5% diabéticos; 34,6% com colesterol total elevado; 16% com LDL elevado e 23,3% com HDL baixo; 23% com hipertrigliceridemia; 38,7% estavam hipertensos no início do turno e 58% após o turno; houve variação significativa da pressão arterial diastólica (p=0,014), fenômeno não observado nos demais parâmetros clínicos. No início da jornada de trabalho, não houve alteração do nível de cortisol e, após o turno 12,5% dos trabalhadores apresentaram níveis acima de 690 nmol/l (p < 0,001). Conclusão: Observou-se que houve percentual significativo de variação não fisiológica nos níveis de cortisol dos trabalhadores, provavelmente relacionado com o turno da jornada de trabalho.Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
2020-11-02
Edição
Seção
Artigo original