PROPOSTA DE UM PROTOCOLO DE TREINO E SEU EFEITO NAS FUNÇÕES COGNITIVAS EM IDOSAS DEPRESSIVAS

Autores

  • Marisa Moreira Braga Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.
  • André dos Santos Costa Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.
  • Tony Meireles Santos Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.
  • Andrea Camaz Deslandes Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental. Instituto de Psiquiatria. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.
  • Jhonnatan Vasconcelos Pereira Santos Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.
  • Carla Menêses Hardman Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.31501/rbcm.v27i3.9925

Resumo

Os objetivos deste estudo foram descrever uma proposta do protocolo de treinamento aeróbio intervalado de moderada intensidade e verificar o seu efeito nas funções cognitivas em idosas com o diagnóstico de depressão maior. Trata-se de um estudo de protocolo e pré-experimental conduzido com 11 idosas, com idade entre 60 e 77 anos (67 ±5,4 anos), clinicamente diagnosticadas com depressão. Foram avaliadas as funções executivas, atenção complexa, habilidades de navegação espacial e desempenho funcional em condições de dupla-tarefa. O protocolo de treino foi constituído por 20 minutos de atividades de coordenação motora, tanto de membros superiores quanto inferiores de forma simultânea, 30 minutos de treinamento aeróbio intervalado e 10 minutos de volta a calma com alongamentos, durante 24 sessões de treinamento. A análise estatística empregada foi o teste t para amostras dependentes e a análise do tamanho de efeito. Observou-se 75% de adesão das idosas na intervenção proposta. Em relação à depressão, identificou-se que 54,5% das idosas apresentaram remissão dos sintomas após o programa de treinamento. Conforme os dados pré- e pós-intervenção, observou-se uma redução estatisticamente significativa no tempo médio despendido na realização dos testes de Stroop 1 (20,09 ± 5,07 x 16,27 ±4,03; p=0,024; TE=0,84), de Stroop 3 (34,27 ±8,39 x 28,36 ±5,10; p=0,032; TE=0,88) e de dupla tarefa visuoespacial (10,55 ±2,07 x 9,45 ±1,44; p=0,006; TE=0,63). O presente estudo verificou um efeito positivo no desempenho das tarefas de atenção, função executiva e dupla tarefa visuoespacial após uma estratégia de treinamento, baseada no exercício aeróbio intervalado de moderada intensidade de 24 sessões, em idosas com depressão.

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Biografia do Autor

Marisa Moreira Braga, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil. Mestra em Educação Física, área de concentração Biodinâmica do Movimento Humano - Centro de ciências da Saúde, da Universidade federal de Pernambuco - UFPE. Bacharela em Educação Física, pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Atua na área de Educação Física, com ênfase em Saúde, principalmente nos seguintes temas: Depressão, Idosos, Função Cognitiva, Exercício Aeróbio, Treinamento Concorrente, Atividade Física, Envelhecimento, Sistema Nervoso Central, Transtornos de Humor.

André dos Santos Costa, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil. Graduação, mestrado e doutorado pela Escola de Educação Física e Esporte da USP e pós-doutorado pela Escola de Educação Física e Esporte da USP. Professor Adjunto III da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e docente permanente do PPG em Educação Física (UFPE). Coordenador do Laboratório Avançado de Educação Física e Saúde (LAEFES-HC). Pesquisador e líder do Grupo de Pesquisa em Exercício Físico, Nutrição e Sistema Nervoso Central (GENSC). Tem como linhas de pesquisa: efeitos terapêuticos do exercício físico; nutrição aplicada ao exercício físico; efeitos do exercício físico sobre as funções cognitivas.

Tony Meireles Santos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil. Possui Graduação (1991), Mestrado (1995) e Doutorado (2007) em Educação Física pela Universidade Gama Filho. Docente da graduação em Educação Física na Universidade Federal de Pernambuco(UFPE), atuando nas disciplinas de Treinamento Físico e Esportivo e Treinamento Escolar. É docente dos PPGs em Educação Física, onde também atua como coordenador, Fisioterapia (colaborador) e Neuropsiquiatria. É coordenador do Núcelo de Investigação em Performance e Saúde e membro do grupo de pesquisa Performance e de Estudos em Psicofisiologia do Exercício vinculado a EACH/USP. É membro do American College of Sports Medicine, além de ter certificação HFS desta instituição. Como sócio-gerente da ProHealth, gerenciou até 02/2013 o setor de avaliação funcional em diversas academias além de atuar no desenvolvimento de novos produtos e realização de cursos de formação profissional em diferentes áreas. Tem experiência em educação física, com ênfase em fisiologia do exercício, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde e qualidade de vida, aderência a atividade física, personal training, avaliação funcional, desempenho e formação profissional. Sua ênfase investigativa concentra-se no desempenho físico principalmente o aeróbio e nas respostas psicofisiológicas no exercício, com ênfase para o entendimento e aplicação do prazer/desprazer das atividades. Também atua em projetos de consultoria e pesquisa vinculados a políticas públicas de esporte, como o Programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte como membro da Equipe de Avaliação Pedagógica e no projeto de Avaliação de Políticas Públicas nas Regiões Norte e Nordeste.

Andrea Camaz Deslandes, Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental. Instituto de Psiquiatria. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental. Instituto de Psiquiatria. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. Bolsista de produtividade CNPq. Formada em Licenciatura em Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre e Doutora em Saúde Mental da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós doutorado em Epidemiologia e Métodos Quantitativos da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP / FIOCRUZ). Coordenadora do Laboratório de Neurociência do Exercício (Lanex) http://www.laboratoriolanex.com/). Professora adjunta do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB/UFRJ) e do PROPSAM/UFRJ. Professora colaboradora do PPGCEE / UERJ e dos cursos Lato Sensu CPH, Neurociência aplicada à aprendizagem, Longevidade e Reabilitação da UFRJ. Colaboradora da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia RJ (SBGG-RJ). Criou a disciplina Neurociência do Exercício Aplicada à Educação Física, do currículo do Bacharelado em EF UGF desde 2011. Coordenou a PPG Stricto Sensu em Ciência do Exercício e Esporte (Conceito 4) da UGF, em 2013. Publicou mais de 70 artigos nacionais e internacionais com índice H 17 no ISI Web of Knowledge e mais de 860 citações (07/2018). Orientou 14 alunos de mestrado e 02 de doutorado. Atualmente orienta três alunos de doutorado e um aluno de Mestrado. Palestrou em mais de 30 eventos nacionais e internacionais. Editora Junior da Dementia & Neuropsychologia e da Revista de Neurologia. Colaboradora do Instituto Virtual de Doenças Neurodegenerativas (IVDN). Recebe apoio da FAPERJ do programa Jovem Cientista do Nosso e bolsa de produtividade (Pq2) do CNPq na área 21 (2017). Consultora ad hoc CAPES. Recebe apoio financeiro da FAPERJ (JCNE) para a realização de projetos na área Envelhecimento e Atividade Física. Organizou o Simpósio de Neurociências do Exercício (2011, 2012, 2013) e o Simpósio Brasil-Noruega (2011, 2012, 2013, 2014). Responsável pelo Projeto: Exercício no tratamento da depressão, doença de Alzheimer e doença de Parkinson; Efeito da Capoeira na função executiva e desempenho escolar das crianças; Inovação no esporte de alto rendimento; Efeitos do exercício físico em indivíduos idosos em ILPIs; Deficit motor e cognitivo em idosos com depressão, Alzheimer e Parkinson; Relação entre a capacidade funcional, funções executivas e risco de quedas em idosos. Pesquisadora do Laboratório Multidisciplinar de Pesquisa em Envelhecimento da UFRJ (LAMPE/UFRJ). Membro da equipe dos projetos de extensão PROAPTIVA e Animar sem quedas da UFRJ. Possui parcerias com pesquisadores da USP, UNESP, UFABC, UFRJ (EEFD, INDC e IPUB), UFF, UFRN e UFPe. Membro da Rede Nacional de Ciência para a Educação (CpE).

Jhonnatan Vasconcelos Pereira Santos, Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil. Graduação em Bacharelado em Educação Física pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE; 2016). Discente do Curso de Mestrado Acadêmico no Programa de Pós-Graduação em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento da Universidade Federal de Pernambuco (POSNEURO/UFPE), Atuando na Linha Métodos Clínicos e Experimentais em Neuropsicopatologia. Ex-Bolsista do Programa de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (PIBIC/FACEPE; 2014-2017). Tutor da Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia de Pernambuco (LAGERPE). Membro dos Grupos de Pesquisa Exercício Físico, Nutrição e Sistema Nervoso Central (GENSC) e Neurociência Comportamental. Atualmente intervém na área de Educação Física, com ênfase em saúde, mormente em Efeitos Terapêuticos do Exercício Físico, Envelhecimento Bem-Sucedido, Neurociência do Exercício, Doenças Neurodegenerativas e Cognição em Idosos.

Carla Menêses Hardman, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil. Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Sergipe (2007), mestrado pelo Programa Associado de Pós-graduação em Educação Física UPE/UFPB (2010) e doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina (2015). Realizou estágio pós-doutoral na Universidade de Pernambuco (UPE). Atuou como 1ª secretaria da diretoria (2016-2017) da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde (SBAFS). É professora adjunta da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) onde atua no ensino de graduação, de pós-graduação em Educação Física. Além disso, é integrante do Grupo de Pesquisa em Estilos de Vida e Saúde (GPES/UPE) e do Grupo de Pesquisa em Exercício Físico Nutrição e Sistema Nervoso Central (GENSC/UFPE). Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Epidemiologia da atividade física e motricidade humana.

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Publicado

2019-08-24

Edição

Seção

Artigo Original