Notícias

 

  • Chamada para o dossiê Memória e Epistemologias do Sul Global

    2025-07-18

    Editoras convidadas: Anna Cavalcanti (WWU) e Luciana Amormino (UFMG)

    Datas importantes:

    Data limite de submissão: 28 de fevereiro de 2026
    Período de avaliação: 28 de fevereiro a 15 de junho 2026
    Data prevista para publicação: 31 de agosto de 2026

    Uma das questões centrais na temática da colonialidade situa-se no âmbito da produção e circulação de conhecimentos na contemporaneidade. A discussão sobre a colonialidade do saber emerge da experiência moderna que dividiu o mundo em zonas metropolitanas e periféricas, civilizadas e incivis, relevantes e irrelevantes, Norte e Sul Globais. Refletir a partir das epistemologias do Sul significa, portanto, pensar em formas de reconfigurar a imaginação política sobre o mundo a partir de narrativas não hegemônicas (Quijano, 2000; Mignolo, 2003; Walsh, 2009).
    Entendendo o conceito de Sul Global como um construto teórico e não simplesmente um referencial geográfico,  desenha-se um mapa de dor e de luta, ambas distribuídas desigualmente pelo mundo, onde uma multiplicidade de conhecimentos foi invisibilizada  e desperdiçada por uma história de epistemicídios (Rivera Cusicanqui, 2010). Ao buscar visibilizar saberes e práticas excluídos, reconhecemos uma pluralidade de conhecimentos e experiências que resistiram às lógicas coloniais e foram reconfiguradas narrativamente.
    Nesse contexto, a memória é um elemento central no processo de decolonização do conhecimento, ao permitir que saberes marginalizados pelo colonialismo retornem e desafiem a narrativa eurocêntrica da história. Sintetizamos, neste dossiê, a necessidade de partir dos estudos de memória como referenciais para o reconhecimento de outras epistemologias e a propulsão de outras fontes de saber e de comunicação sobre o passado no presente. Orlando Fals Borda, sociólogo colombiano, denominou este processo de apropriação coletiva do conhecimento histórico de “Recuperação Crítica da História” (RCH) (Fals Borda, 1999). Essa proposta busca abrir espaço para a reflexão sobre iniciativas de memória que buscam reparar apagamentos sistemáticos, como museus comunitários, arquivos populares e cartografias contra-hegemônicas a partir de vozes e experiências do Sul Global, como indígenas, afrodescendentes, mulheres, campesinos e outros setores sociais excluídos historicamente. Autoras como Marianne Hirsch, com o conceito de pós-memória, Saidiya Hartman, com a noção de fabulação crítica, e Ariella Azoulay, com sua história potencial, trazem um aporte fundamental para pensar a memória como ferramenta contra o apagamento histórico e como meio de reconstruir histórias silenciadas (Hirsch, 2022; Hartman, 2008). 
    Para articular essas experiências, pensamos juntamente aos estudos que trabalham a memória não como arquivo fechado, mas como processo dinâmico e político, ativo no presente. Como coloca Achiles Mbembe, “não existem arquivos sem fissuras” (Mbembe, 2017, p. 228). Dessa maneira, o dossiê pretende contribuir diretamente para a reunião de propostas em torno da ideia de memória decolonial, a qual não se coloca em função de um resgate do passado, mas se propõe a interpretá-lo a partir de perspectivas minorizadas. Na perspectiva da RCH, ao recuperarmos memórias silenciadas ou apagadas, propomos uma reapropriação das narrativas identitárias de povos marginalizados.
    A recuperação dessa memória desempenha um papel essencial  na afirmação das epistemologias do Sul Global, tendo em vista que uma das principais formas de dominação eurocêntrica se deu por meio da produção e do controle sobre o passado (Florescano, 1998; Torres, 1993). Essa manipulação do passado, portanto, é uma forma de apropriação da memória social, das epistemologias do Sul, as quais foram, por vezes, impostas, inventadas e recriadas em suas identidades, fruto de batalhas e disputas entre diferentes versões históricas.
    Ao reconhecer o caráter constitutivo do passado na formação da memória, impõe-se, neste dossiê, a necessidade de construção de formas alternativas de produção do conhecimento histórico que fortaleçam as identidades coletivas e a capacidade de ação de populações historicamente subalternizadas (Carrillo, 2003). Nesse sentido, desejamos reunir contribuições que pensem a partir de outras modalidades de produção do saber histórico, formas que não apenas se alimentem da memória como referencial teórico, mas que a reconheçam em sua perspectiva metodológica a partir da qual seja possível interpretar criticamente as histórias regionais e nacionais em sua complexidade.
    Nesse sentido, damos relevância  à ideia de ch’ixi, desenvolvida pela socióloga boliviana Silvia Rivera Cusicanqui (2018), a qual propõe a coexistência da multiplicidade entre elementos por vezes distintos e opostos, sem que haja uma fusão ou síntese: os pensamentos coloniais e ancestrais podem, portanto, se entrecruzar e coexistir. Assim, em vez de idealizar uma identidade única e homogênea, o ch’ixi valoriza a diferença e sustenta a luta contra a dominação colonial por meio da construção de mundos alternativos a partir dos conhecimentos do Sul.
    Por fim, o dossiê soma-se à demanda, identificada no âmbito da Rede Brasileira de Pesquisadores de Memória e Comunicação – Rememora, por uma ampliação dos estudos sobre memória para além das referências clássicas eurocêntricas. Embora essas referências sejam fundamentais para a consolidação do pensamento sobre memória social e coletiva, mostram-se hoje insuficientes para abarcar as especificidades do campo quando situado a partir do Sul Global.
    Convidamos, portanto, pesquisadores para contribuírem com textos que reflitam sobre as questões aqui propostas, numa perspectiva transversal que, no campo da memória, incorpore uma visada decolonial, a partir de um diálogo com epistemologias do Sul Global. Serão bem-vindas contribuições que abordem os seguintes pontos:

    - Problematização e discussão sobre a episteme da memória, de forma ampla, no Sul Global;

    - Ferramentas teóricas e metodológicas para descolonizar o conhecimento e a memória;

    - Memória e feminismos; 

    - Ancestralidades, saberes e memórias indígenas e/ou afrodiaspóricas;

    - Memória coletiva e práticas decoloniais;

    - Memória e movimentos sociais;

    - Temporalidades e território;

    - Arquivos, museus e narrativas de memória;

    - Memória, testemunho e direitos humanos.

    Referências

    Caicedo Ortiz, J. A. (2008). Historia oral como opción política y memoria política como posibilidad histórica para la visibilización étnica por otra escuela. Revista Educación y Pedagogía, 20(52), 27–42.

    Candau, J. (2002). Antropología de la memoria. Buenos Aires: Editorial Claves.

    Cuevas Marín, P. (s.d.). Memoria colectiva: Hacia un proyecto decolonial.

    Florescano, E. (1998). Memoria histórica. México: Taurus.

    Gnecco, C., & Torres, A. (2003). Pasados hegemónicos, memorias colectivas e historias subalternas. In C. Walsh (Ed.), Estudios culturales latinoamericanos: Retos desde y sobre la región andina (pp. 197–214). Quito: Universidad Andina Simón Bolívar; Abya-Yala.

    Hartman, S. (2008). Lose your mother: A journey along the Atlantic slave route. New York: Farrar, Straus and Giroux.

    Hirsch, M. (2022). A geração da pós-memória: Escrita e cultura visual depois do Holocausto (M. A. Peres, Trans.). Belo Horizonte: Editora UFMG.

    Mbembe, A. (2017). Políticas da inimizade. Lisboa: Antígona.

    Rivera Cusicanqui, S. (2018). Un mundo ch’ixi es posible: Ensayos desde un presente en crisis. Buenos Aires: Tinta Limón.

    Torres, M. L. M. J. (1993). História & memória. Revista Brasileira de História, 13(25), 5–22.

    Torres Carrillo, A. (2003). Pasados hegemónicos, memorias colectivas e historias subalternas. In C. Walsh (Org.), Estudios culturales latinoamericanos: Retos desde y sobre la región andina (pp. 197–214). Quito: Universidad Andina Simón Bolívar; Abya-Yala.

    Saiba mais sobre Chamada para o dossiê Memória e Epistemologias do Sul Global
  • Dossiê Comunicação e Literatura: Narrativas e Experiência Estética

    2025-07-04

    Editores responsáveis: 

    Prof. Dr. Leandro Bessa (UCB)

    Profa. Dra. Pamela Zacharias (USP)

    Profa. Dra. Danielle Naves de Oliveira (UnB)

    Prof. Ms. Rhaysa Novakoski (UnB)

    Data limite para submissão: 15 de agosto de 2026. 

    Período de avaliação: 16 de agosto a 15 de novembro de 2026. 

    Previsão de publicação da edição: dezembro de 2026.

     

    Chamada:

    As narrativas literárias configuram-se como potentes fontes de criatividade para a constituição de diversos produtos midiáticos contemporâneos. A partir da literatura, surgem roteiros cinematográficos, séries audiovisuais, adaptações para histórias em quadrinhos, livros de arte, produções musicais e uma ampla gama de expressões estéticas que transitam entre diferentes linguagens e suportes. Nesse contexto, esta chamada para a Revista Esferas propõe reunir reflexões, análises e investigações que se situem na interseção entre Literatura, Comunicação e Artes, em diálogo com as práticas culturais contemporâneas.

    Ao considerar os encontros entre gêneros, linguagens, mídias e suportes, destaca-se a importância de compreender a Comunicação como instância mediadora das experiências humanas, das questões sociais e de gênero, bem como das dimensões políticas e históricas evocadas por obras literárias clássicas e contemporâneas. Assim, os deslocamentos e ressignificações de textos literários para outras linguagens — como o cinema, as artes visuais, a música e os ambientes digitais — tornam-se objetos relevantes para o debate acadêmico no campo da Comunicação e das Artes.

    Essa perspectiva dialoga com a formulação de Jacques Rancière (2000), que afirma, em A partilha do sensível, que, no regime estético das artes, “[...] as coisas da arte são identifica­das por pertencerem a um regime específico do sensível. Esse sensível, subtraído a suas conexões ordinárias, é ha­bitado por uma potência heterogênea [...] O regi­me estético das artes é aquele que propriamente identi­fica a arte no singular e desobriga essa arte de toda e qualquer regra específica, de toda hierarquia de temas, gêne­ros e artes. Mas, ao fazê-lo, ele implode a barreira mimé­tica que distinguia as maneiras de fazer arte das outras maneiras de fazer e separava suas regras da ordem das ocupações sociais.” (Rancière, 2000, p. 32-33).

    Assim, a retomada de narrativas clássicas — muitas vezes compreendidas como um enigma que atravessa gerações — reafirma o caráter dinâmico e mutável dos textos literários. Com base no que Barthes (2015) fala sobre o desejo criador que uma obra pode desencadear, pode-se dizer que, em cada texto literário, reside a potência para a criação artística ao infinito. Como bem observou Italo Calvino (2007), ao se referir à versão cinematográfica de A Cartuxa de Parma, de Stendhal, um romance pode, décadas depois, retornar para fascinar e seduzir novos públicos, de modos diversos. Autores como Dante Alighieri, Miguel de Cervantes, Franz Kafka, Clarice Lispector e João Guimarães Rosa têm suas obras constantemente revisitadas e transformadas em objetos de produções audiovisuais, exposições, filmes, espetáculos e diversas outras formas artísticas — uma multiplicação de imagens em direção ao que Rancière (2012) denomina “entrelaçamento lógico e paradoxal entre as operações da arte”.

    Do ponto de vista teórico, a interseção entre literatura e comunicação torna-se central  na elaboração de pensamentos como o de Ciro Marcondes Filho, que, em seu conjunto de obras denominado Nova Teoria da Comunicação (publicadas entre 2000 e 2020), dedicou-se aos aspectos tanto ontológicos quanto contingentes dessa relação. Da mesma forma, Friedrich Kittler apresenta um dos pensamentos mais originais sobre a interface comunicação-literatura. Ao investigar a literatura germanófona dos séculos XVII e XVIII, Kittler localiza na figura materna a mídia corporal (a mãe é calor e é voz) que transmite as narrativas fundamentais para a formação humana no Ocidente. Além disso, cabe citar Vilém Flusser, leitor profícuo de Kafka e Guimarães Rosa, que afirmava que a língua cria realidade; por isso, via a literatura como parte privilegiada de um processo histórico (e também pós-histórico) no qual a narrativa tradicional se enreda em uma complexa rede de sinais, ritos, programas, materialidade, imaterialidade, sacralidade, códigos e aparelhos.

    Da mesma maneira, a literatura mobiliza discussões que extrapolam as páginas dos livros, constituindo fundamentos epistemológicos centrais no campo comunicacional, bem como em formulações estéticas, como em questões sobre materialidade, modos de circulação e novas (ou revisitadas/reformuladas) poéticas, as produções literárias recentes muitas vezes não apenas levantam discussões e inspiram debates, mas também mobilizam diferentes linguagens artísticas já desde o desenvolvimento e nascimento da obra ou do produto comunicacional. Nesse contexto, o “caos das materialidades” é evidenciado pela dissolução dos limiares entre os fazeres artísticos.

    Isso posto, o dossiê Comunicação e Literatura: Narrativas e Experiência Estética convida pesquisadoras e pesquisadores das áreas de Comunicação, Literatura, Artes e campos afins a submeterem artigos, ensaios e relatos de pesquisa que reflitam sobre os múltiplos diálogos entre os campos da literatura e da comunicação, investigando como os discursos literários e midiáticos se entrecruzam, se tensionam e se transformam no contexto da cultura contemporânea. Valorizam-se abordagens inter e transdisciplinares que explorem tanto os modos de circulação da literatura na mídia quanto os usos literários nas práticas comunicacionais.

    Eixos temáticos sugeridos:
    • Literatura nas mídias digitais e redes sociais
    • Jornalismo literário e narrativas de não ficção
    • Adaptações literárias no cinema, rádio, televisão e streaming
    • Questões epistemológicas da interface comunicação-literatura
    • Escrita de si e autobiografias em contextos midiáticos
    • Estudos biográficos, documentais e autobiográficos
    • Poéticas da oralidade e comunicações não-hegemônicas
    • Intermidialidade e narrativas transmídia
    • Literatura como forma de resistência comunicacional
    • Estética da literatura e da comunicação
    • Estudos pós-literários e narrativas audiovisuais seriadas

    Referências

    Agamben, G. (2018). O fogo e o relato: ensaios sobre criação, escrita, arte e livros. Boitempo.

    Barthes, R. (2015). La préparation du roman: cours au Collège de France 1978-79 et 1979-80. Éditions du seuil.

    Benjamin, W. (1994). Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Brasiliense.

    Benjamin, W. (1994). “O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov”. In Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Brasiliense.

    Calvino, I. (2007). Por que ler os clássicos. Companhia das Letras.

    Derrida, J. (1973) Gramatologia. Perspectiva.

    Derrida, J. (2009) A farmácia de Platão. Iluminuras. 

    Derrida, J. (2001) Mal de arquivo. Relume Dumará. 

    Derrida, J. (2001) Papier machine. Galilée. 

    Didi-Huberman, G. (2011). Sobrevivência dos vagalumes. Editora UFMG.

    Flusser, V. (2002). Da religiosidade: a literatura e o senso de realidade. Escrituras.

    Flusser, V. (2010). Há futuro para a escrita? Annablume.

    Marcondes Filho, C. (2010). O conceito de comunicação e a epistemologia metapórica. O princípio da Razão Durante. Paulus.

    Marcondes Filho, C. (2013). O rosto e a máquina. O fenômeno da comunicação visto pelos ângulos humano, medial e tecnológico. Paulus.

    Kittler, F. (2017). A verdade do mundo técnico. Trad. Pablo Gonçalo. Contraponto.  

    Kittler, F. (2019). Gramofone, filme, typewriter. Trad. D. Mastineschen e G. Flores. Editoras UFMG e UERJ.  

    Rancière, J. (2021). As margens da ficção. Editora 34.

    Rancière, J. (2000). A partilha do sensível: estética e política. Editora 34.

    Rancière, J. (2012). O destino das imagens. Contraponto.

     

    Dossier de Comunicación y Literatura: Narrativas y Experiencia Estética

    Fecha límite de envío: 15 de agosto de 2026
    Periodo de evaluación: 16 de agosto al 15 de noviembre de 2026
    Previsión de publicación: diciembre de 2026
     

    Editores responsables:

    Prof. Dr. Leandro Bessa (UCB)

    Profa. Dra. Pamela Zacharias (USP)

    Profa. Dra. Danielle Naves de Oliveira (UnB)

    Prof. Ms. Rhaysa Novakoski (UnB)

    Convocatoria:

    Las narrativas literarias se configuran como potentes fuentes de creatividad para la constitución de diversos productos mediáticos contemporáneos. A partir de la literatura surgen guiones cinematográficos, series audiovisuales, adaptaciones a cómics, libros de arte, producciones musicales y una amplia gama de expresiones estéticas que transitan entre diferentes lenguajes y soportes. En este contexto, esta convocatoria de la Revista Esferas propone reunir reflexiones, análisis e investigaciones que se sitúen en la intersección entre Literatura, Comunicación y Artes, en diálogo con las prácticas culturales contemporáneas.

    Al considerar los encuentros entre géneros, lenguajes, medios y soportes, se destaca la importancia de comprender la Comunicación como instancia mediadora de las experiencias humanas, de las cuestiones sociales y de género, así como de las dimensiones políticas e históricas evocadas por obras literarias clásicas y contemporáneas. Así, los desplazamientos y resignificaciones de textos literarios hacia otros lenguajes —como el cine, las artes visuales, la música y los entornos digitales— se convierten en objetos relevantes para el debate académico en el campo de la Comunicación y las Artes.

    Esta perspectiva dialoga con la formulación de Jacques Rancière (2000), quien afirma en La partición de lo sensible que, en el régimen estético de las artes, “las cosas del arte se identifican por su pertenencia a un régimen específico de lo sensible. Este sensible, sustraído de sus conexiones ordinarias, está habitado por una potencia heterogénea: la potencia de un pensamiento que se ha vuelto, él mismo, extraño a sí mismo: producto idéntico a un no-producto, saber transformado en no-saber, logos idéntico a pathos, intención de lo no intencional, etc.” (Rancière, 2000, p. 32).

    Así, la relectura de narrativas clásicas —muchas veces comprendidas como un enigma que atraviesa generaciones— reafirma el carácter dinámico y mutable de los textos literarios. Basándose en lo que Barthes (2015) señala sobre el deseo creador que una obra puede desencadenar, se puede decir que en cada texto literario reside la potencia para la creación artística infinita. Como bien observó Italo Calvino (2007), al referirse a la versión cinematográfica de La cartuja de Parma de Stendhal, una novela puede, décadas después, volver para fascinar y seducir a nuevos públicos de diferentes maneras. Autores como Dante Alighieri, Miguel de Cervantes, Franz Kafka, Clarice Lispector y João Guimarães Rosa tienen sus obras constantemente revisitadas y transformadas en producciones audiovisuales, exposiciones, películas, espectáculos y diversas otras formas artísticas: una multiplicación de imágenes hacia lo que Rancière (2012) denomina “entrelazamiento lógico y paradójico entre las operaciones del arte”.

    Desde una perspectiva teórica, la intersección entre literatura y comunicación se torna central en la elaboración de pensamientos como los de Ciro Marcondes Filho, quien, en su conjunto de obras denominado Nueva Teoría de la Comunicación (publicadas entre 2000 y 2020), se dedicó a los aspectos tanto ontológicos como contingentes de esta relación. De la misma manera, Friedrich Kittler presenta una de las reflexiones más originales sobre la interfaz comunicación-literatura. Al investigar la literatura germanófona de los siglos XVII y XVIII, Kittler localiza en la figura materna el medio corporal (la madre es calor y es voz) que transmite las narrativas fundamentales para la formación humana en Occidente. Además, cabe mencionar a Vilém Flusser, lector prolífico de Kafka y Guimarães Rosa, quien afirmaba que la lengua crea realidad; por ello, veía la literatura como parte privilegiada de un proceso histórico (y también poshistórico) en el que la narrativa tradicional se enreda en una compleja red de signos, ritos, programas, materialidad, inmaterialidad, sacralidad, códigos y aparatos.

    Asimismo, la literatura moviliza discusiones que trascienden las páginas de los libros, constituyendo fundamentos epistemológicos centrales en el campo de la Comunicación, así como en formulaciones estéticas. Las producciones literarias recientes, muchas veces, no solo generan debates y reflexiones sobre materialidad, modos de circulación y nuevas (o revisitadas/reformuladas) poéticas, sino que también movilizan diferentes lenguajes artísticos ya desde el desarrollo y nacimiento de la obra o del producto comunicacional. En este contexto, el “caos de las materialidades” se evidencia en la disolución de los límites entre los haceres artísticos.

    Por lo tanto, el dossier Comunicación y Literatura: Narrativas y Experiencia Estética invita a investigadoras e investigadores de las áreas de Comunicación, Literatura, Artes y campos afines a enviar artículos, ensayos y relatos de investigación que reflexionen sobre los múltiples diálogos entre los campos de la literatura y la comunicación, investigando cómo los discursos literarios y mediáticos se entrecruzan, se tensionan y se transforman en el contexto de la cultura contemporánea. Se valoran enfoques inter y transdisciplinarios que exploren tanto los modos de circulación de la literatura en los medios como los usos literarios en las prácticas comunicacionales.

    Ejes temáticos sugeridos:

    • Literatura en medios digitales y redes sociales
    • Periodismo literario y narrativas de no ficción
    • Adaptaciones literarias en cine, radio, televisión y streaming
    • Cuestiones epistemológicas de la interfaz comunicación-literatura
    • Escritura de sí y autobiografías en contextos mediáticos
    • Estudios biográficos, documentales y autobiográficos
    • Poéticas de la oralidad y comunicaciones no hegemónicas
    • Intermedialidad y narrativas transmedia
    • Literatura como forma de resistencia comunicacional
    • Estética de la literatura y la comunicación
    • Estudios posliterarios y narrativas audiovisuales serializadas

       

       

      Communication and Literature Dossier: Narratives and Aesthetic Experience

      Submission deadline: August 15, 2026
      Review period: August 16 to November 15, 2026
      Expected publication date: December 2026

      Editors:

      Prof. Dr. Leandro Bessa (UCB)

      Profa. Dra. Pamela Zacharias (USP)

      Profa. Dra. Danielle Naves de Oliveira (UnB)

      Prof. Ms. Rhaysa Novakoski (UnB)Call for Papers:

      Literary narratives are powerful sources of creativity for the constitution of various contemporary media products. From literature emerge film scripts, audiovisual series, adaptations into comic books, art books, musical productions, and a wide range of aesthetic expressions that traverse different languages and mediums. In this context, this call for papers from Revista Esferas proposes to gather reflections, analyses, and investigations situated at the intersection of Literature, Communication, and the Arts, in dialogue with contemporary cultural practices.

      Considering the encounters between genres, languages, media, and supports, it is important to understand Communication as a mediating instance of human experiences, social and gender issues, as well as the political and historical dimensions evoked by classical and contemporary literary works. Thus, the displacements and resignifications of literary texts into other languages — such as cinema, visual arts, music, and digital environments — become relevant objects for academic debate in the field of Communication and the Arts.

      This perspective dialogues with Jacques Rancière’s formulation (2000), who affirms in The Politics of Aesthetics that, in the aesthetic regime of the arts, “artistic things are identified by their belonging to a specific regime of the sensible. This sensible, subtracted from its ordinary connections, is inhabited by a heterogeneous power — the power of a thought that has become, itself, strange to itself: a product identical to a non-product, knowledge transformed into non-knowledge, logos identical to pathos, intention of the non-intentional, etc.” (Rancière, 2000, p. 32).

      Thus, the return to classical narratives — often understood as enigmas that cross generations — reaffirms the dynamic and mutable character of literary texts. Based on Barthes’ (2015) reflections on the creative desire a work can trigger, it can be said that within each literary text resides the potential for infinite artistic creation. As Italo Calvino (2007) observed, referring to the film version of The Charterhouse of Parma by Stendhal, a novel can, decades later, return to fascinate and seduce new audiences in diverse ways. Authors such as Dante Alighieri, Miguel de Cervantes, Franz Kafka, Clarice Lispector, and João Guimarães Rosa have their works constantly revisited and transformed into audiovisual productions, exhibitions, films, performances, and various other artistic forms — a multiplication of images towards what Rancière (2012) calls the “logical and paradoxical intertwining between the operations of art.”

      From a theoretical perspective, the intersection between literature and communication becomes central to the elaboration of thoughts such as those of Ciro Marcondes Filho, who, in his body of work called New Theory of Communication (published between 2000 and 2020), dedicated himself to both ontological and contingent aspects of this relationship. Likewise, Friedrich Kittler presents one of the most original reflections on the communication-literature interface. By investigating German-language literature of the 17th and 18th centuries, Kittler locates in the maternal figure the corporeal media (the mother is warmth and voice) that transmits the fundamental narratives for human formation in the West. Additionally, it is worth mentioning Vilém Flusser, a prolific reader of Kafka and Guimarães Rosa, who asserted that language creates reality; therefore, he saw literature as a privileged part of a historical (and also post-historical) process in which traditional narrative is enmeshed in a complex network of signs, rituals, programs, materiality, immateriality, sacredness, codes, and devices.

      Likewise, literature mobilizes discussions that go beyond the pages of books, constituting central epistemological foundations in the field of Communication, as well as in aesthetic formulations. Recent literary productions often not only raise discussions and inspire debates about materiality, modes of circulation, and new (or revisited/reformulated) poetics, but also mobilize different artistic languages already in the development and birth of the work or communicational product. In this context, the “chaos of materialities” is evidenced by the dissolution of boundaries between artistic practices.

      Therefore, the dossier Communication and Literature: Narratives and Aesthetic Experience invites researchers from the fields of Communication, Literature, Arts, and related areas to submit articles, essays, and research reports that reflect on the multiple dialogues between literature and communication, investigating how literary and media discourses intersect, are tensioned, and transform within the context of contemporary culture. Interdisciplinary and transdisciplinary approaches that explore both the modes of circulation of literature in the media and the literary uses in communicational practices are especially valued.

      Suggested thematic areas:

      • Literature in digital media and social networks
      • Literary journalism and nonfiction narratives
      • Literary adaptations in cinema, radio, television, and streaming
      • Epistemological issues at the communication-literature interface
      • Self-writing and autobiographies in media contexts
      • Biographical, documentary, and autobiographical studies
      • Poetics of orality and non-hegemonic communications
      • Intermediality and transmedia narratives
      • Literature as a form of communicational resistance
      • Aesthetics of literature and communication
      • Post-literary studies and serialized audiovisual narratives
    Saiba mais sobre Dossiê Comunicação e Literatura: Narrativas e Experiência Estética
  • Dossiê Harold Lasswell e o retorno da propaganda: O centenário do livro Propaganda Technique in the World War

    2025-01-14

    Dossiê “Harold Lasswell e o retorno da propaganda: O centenário do livro Propaganda Technique in the World War

    Editores e editoras convidados:

    Rafiza Varão (Universidade de Brasília - UnB)

    Luiz C. Martino (Universidade de Brasília - UnB)

    Filipa Subtil (Escola Superior de Comunicação Social, Instituto Politécnico de Lisboa - IPL e LIACOM)

    Rodrigo Miranda Barbosa (Universidade Federal de Pernambuco - UFPE)

    Datas importantes:

    Data limite para submissão: 15 de dezembro de 2025.

    Período de avaliação: 15 de dezembro a 15 de março de 2026.

    Previsão de publicação da edição: abril de 2026.

    O século 21 trouxe mudanças importantes para o campo da Comunicação e que hoje, em sua terceira década, já não são novidades: a digitalização dos meios de informação e comunicação; a popularização do uso da internet;  o aparecimento das redes sociais, entre outros. Todos esses novos elementos do ecossistema informacional (Kansa, 2012) ajudaram a fomentar um terreno propício para o desenvolvimento de formas digitais de desinformação (Fetzer, 2004; Fallis, 2014), como aquelas que ficaram conhecidas como fake news.

    Em 2017, quando o primeiro estado da arte sobre o tema foi conduzido por Tandoc, Lim e Ling, o termo se confundia com a própria palavra desinformação, a qual nos anos seguintes se tornaria o guarda-chuva sob o qual diversos tipos de informações inverídicas seriam agrupadas. Contudo, na tipologia criada pelos autores, já se delineava uma aproximação importante entre o fenômeno e outro velho conhecido: a propaganda – tópico negligenciado durante muitas décadas em detrimento de outras agendas de investigação. “Por fim”, alertavam os autores, “nosso material mostra que houve um interesse crescente no conceito de propaganda devido à sua relevância para eventos políticos nos últimos anos” (2017, p. 10).

    Eventos como a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos desvelavam, ainda que de maneira não muito clara em 2017,  os contornos cada vez mais políticos da desinformação e, nesse sentido, convergiam e apresentavam similitudes com os estudos sobre propaganda do início do século passado.

    Coincidentemente (ou não), essa conclusão foi se tornando cada vez mais notória à medida que esses mesmos estudos se tornavam centenários – o que desencadeou uma série de trabalhos sobre o retorno da propaganda. Podemos citar como exemplos dessa tomada de consciência o volume cinco do Nordic Journal of Media Studies (2023), intitulado, justamente, “The return of propaganda”; o livro Pathologies and dysfunctions of democracy in the media context – the return of the propaganda model: emotions, populism, and polarization (2024), editado por pesquisadores da Universidade da Beira Interior (UBI); a conferência “The Return of Propaganda: Disinformation, Technology and Geopolitics”, realizada em 2024 no King’s College, em Londres; artigos de opinião como “Fighting back against Russia: the return of propaganda”, de Jamie Gaskarth,  professor de Relações Internacionais da Open University; o livro Harold Lasswell e o campo da Comunicação, de Rafiza Varão, publicado em 2021; The Sage handbook of propaganda, de 2020, organizado por Paul Baines, Nicholas O'Shaughnessy e Nancy Snow; Propagande: la manipulation de masse dans le monde contemporain, de David Colon, de 2019; Sistema mediático y propaganda en la Rusia de Putin, de Adrián Tarín-Sanz, Marta Ter e Miguel Vázquez-Liñán, lançado em 2018;  O mito da agulha hipodérmica e a era da propaganda: 12 estudos de arqueologia do pensamento comunicacional, publicado por Francisco Rüdiger em 2015, e tantos outros. Muitos  conceitos voltaram a circular entre os novos pesquisadores de desinformação: mentira, engano, erro, manipulação.

    Entre as importantes efemérides relacionadas às pesquisas em propaganda cuja tradição reemerge nessas primeiras três décadas deste século, uma se apresenta como ponto de virada: a primeira tese de doutorado sobre o assunto, defendida pelo cientista político Harold Lasswell, em 1926, na Universidade de Chicago, que também se torna centenária. Publicada no ano seguinte, Propaganda technique in the World War se tornou o marco pioneiro em estudos acadêmicos sobre a propaganda de guerra e transformou seu autor no mais importante especialista estadunidense na matéria durante muitos anos.

    Este dossiê de Esferas celebra, então, não apenas o centenário da tese de Harold Lasswell, mas também o centenário aproximado dos estudos em propaganda, fundados sobre a necessidade de compreender esse produto dos meios de comunicação e que, não obstante suas múltiplas facetas, continua a se apresentar como um problema urgente de ser interpretado na contemporaneidade.

    São bem-vindos artigos que contemplem os seguintes temas (além de outras possibilidades correlacionadas):

    • Um século de estudos sobre propaganda;
    • A obra de Harold Lasswell sobre propaganda, ontem e hoje;
    • Conceitos clássicos de propaganda sob o ponto de vista epistemológico;
    • Conceitos clássicos de propaganda aplicados à contemporaneidade;
    • Teorias da propaganda;
    • Autores clássicos da propaganda;
    • Propaganda, desinformação e má-informação;
    • Propaganda, verdade e veracidade;
    • Propaganda e guerra;
    • Propaganda e tecnologias da comunicação;
    • Propaganda e polarização política;
    • Propaganda, mídias digitais e redes sociais.

    Referências

    Baines, P., Snow, N., & O'Shaughnessy, N. (eds.) (2020). The Sage Handbook of Propaganda. Londres e Nova Delhi: Sage.

    Bolin, G., & Kunelius, R. (2023). The return of propaganda: Historical legacies and contemporary conceptualisations. Nordic Journal of Media Studies, 5(1), 1-16.

    Colon, D. (2019). Propagande: la manipulation de masse dans le monde contemporain. Paris: Belin Éditeur/Humensis.

    Correia, J. C., Gradim, A., & Morais, R. (2020). Pathologies and dysfunctions of democracy in the media context. Pathologies and dysfunctions of democracy in the media context 2ND VOLUME by João Carlos Correia, Anabela Gradim and Ricardo Morais. Beira Interior: LabCom Books.

    Donstrup, M. (2019). Sistema mediatico y propaganda en la Rusia de Putin. Politica y Sociedad, 56(1), 266-269.

    Fallis, D. (2014). The Varieties of Disinformation. In: Floridi, L., Illari, P. (eds) The Philosophy of Information Quality. Synthese Library, vol 358. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-319-07121-3_8

    Fetzer, J.H. Disinformation: The Use of False Information. Minds and Machines 14, 231–240 (2004). https://doi.org/10.1023/B:MIND.0000021683.28604.5b

    Kansa, E. (2012). Openness and archaeology’s information ecosystem. World Archaeology, 44(4), 498–520. https://doi.org/10.1080/00438243.2012.737575

    McIntyre, L. (2018) Post-Truth. Massachusetts: MIT.

    Rüdiger, F. (2015). O mito da agulha hipodérmica e a era da propaganda: 12 estudos de arqueologia do pensamento comunicacional. Porto Alegre: Editora Sulina.

    Tandoc Jr, E. C., Lim, Z. W., & Ling, R. (2018). Defining “fake news” A typology of scholarly definitions. Digital journalism, 6(2), 137-153.

    Tarín-Sanz, A.; Ter, M.; Vázquez-Liñán, M. (2018). Sistema mediático y propaganda en la Rusia de Putin. Salamanca: Comunicación Social Ediciones y Publicaciones.

    Varão, R. (2021). Harold Lasswell e o campo da Comunicação. Curitiba: CRV.

    Woolley, S. (2023). Manufacturing Consensus. New Haven e Londres: Yale University Press.

     

    Dossier “Harold Lasswell and the return of propaganda: The centenary of Propaganda Technique in the World War

     Guest editors:

    Rafiza Varão (University of Brasilia - UnB)

    Luiz C. Martino (University of Brasilia - UnB)

    Filipa Subtil (Higher School of Social Communication, Polytechnic Institute of Lisbon - IPL and LIACOM)

    Rodrigo Miranda Barbosa (Federal University of Pernambuco - UFPE)

    Important dates:

    Deadline for submission: December 15, 2025.

    Evaluation period: December 15 to March 15, 2026.

    Expected publication date of the issue: April 2026.

    The 21st century brought important changes to the field of Communication that today, in its third decade, are no longer news: the digitalization of information and communication media, the popularization of the use of the Internet, and the emergence of social networks, among others. All these new elements of the information ecosystem (Kansa, 2012) helped foster a fertile ground for developing digital forms of disinformation (Fetzer, 2004; Fallis, 2014), such as those that became known as fake news.

    In 2017, when Tandoc, Lim, and Ling conducted the first state-of-the-art study on the subject, the term was confused with the word disinformation itself, which in the following years would become the umbrella under which various types of false information would be grouped. However, in the typology created by the authors, an important connection was already emerging between the phenomenon and another old acquaintance: propaganda – a topic neglected for many decades to the detriment of other research agendas. “Finally,” the authors warned, “our material shows that there has been a growing interest in the concept of propaganda due to its relevance to political events in recent years” (2017, p. 10).

    Events such as the election of Donald Trump as President of the United States revealed, albeit not very clearly in 2017, the increasingly political contours of disinformation and, in this sense, converged and presented similarities with studies on propaganda from the beginning of the last century.

    Coincidentally (or not), this conclusion became increasingly well-known as these same studies became more than a century old – which triggered a series of works on the return of propaganda. Examples of this awareness include volume five of the Nordic Journal of Media Studies (2023), entitled, precisely, “The return of propaganda”; the book Pathologies and dysfunctions of democracy in the dedia context – the return of the propaganda model: emotions, populism, and polarization (2024), edited by researchers from the University of Beira Interior (UBI); the conference “The Return of Propaganda: Disinformation, Technology and Geopolitics”, held in 2024 at King’s College, London; opinion articles such as “Fighting back against Russia: the return of propaganda”, by Jamie Gaskarth, professor of International Relations at the Open University; the book Harold Lasswell e o campo da Comunicação, by Rafiza Varão, published in 2021; The Sage Handbook of Propaganda, from 2020, edited by Paul Baines, Nicholas O'Shaughnessy and Nancy Snow; Propagande: la manipulation de masse dans le monde contemporain, by David Colon, from 2019; Sistema mediático y propaganda en la Rusia de Putin, by Adrián Tarín-Sanz, Marta Ter and Miguel Vázquez-Liñán, released in 2018; O mito da agulha hipodérmica e a era da propaganda: 12 estudos de arqueologia do pensamento comunicacional, published by Francisco Rüdiger in 2015, and many others. Many concepts have returned to circulation among new disinformation researchers: lies, deception, error, and manipulation.

    Among the important events related to propaganda research whose tradition re-emerged in these first three decades of this century, one stands out as a turning point: the first doctoral thesis on the subject, defended by political scientist Harold Lasswell in 1926 at the University of Chicago, which also celebrates its centenary. Published the following year, Propaganda Technique in the World War became the pioneering landmark in academic studies on war propaganda and transformed its author into the most important American expert on the subject for many years.

    This Esferas dossier celebrates not only the centenary of Harold Lasswell's thesis but also the approaching centenary of propaganda studies, founded on the need to understand this product of the media and which, despite its multiple facets, continues to present itself as an urgent problem to be interpreted in contemporary times.

    Articles that address the following themes (in addition to other related possibilities) are welcome:

    • A century of propaganda studies;
    • Harold Lasswell's work on propaganda, yesterday and today;
    • Classical concepts of propaganda from an epistemological point of view;
    • Classical concepts of propaganda applied to contemporary times;
    • Propaganda theories;
    • Classic propaganda authors;
    • Propaganda, disinformation and misinformation;
    • Propaganda, truth, and veracity;
    • Propaganda and war;
    • Propaganda and Communication Technologies;
    • Propaganda and political polarization;
    • Propaganda, digital media, and social networks.

    References

    Baines, P., Snow, N., & O'Shaughnessy, N. (eds.) (2020). The Sage Handbook of Propaganda. Londres e Nova Delhi: Sage.

    Bolin, G., & Kunelius, R. (2023). The return of propaganda: Historical legacies and contemporary conceptualisations. Nordic Journal of Media Studies, 5(1), 1-16.

    Colon, D. (2019). Propagande: la manipulation de masse dans le monde contemporain. Paris: Belin Éditeur/Humensis.

    Correia, J. C., Gradim, A., & Morais, R. (2020). Pathologies and dysfunctions of democracy in the media context. Pathologies and dysfunctions of democracy in the media context 2ND VOLUME by João Carlos Correia, Anabela Gradim and Ricardo Morais. Beira Interior: LabCom Books.

    Donstrup, M. (2019). Sistema mediatico y propaganda en la Rusia de Putin. Politica y Sociedad, 56(1), 266-269.

    Fallis, D. (2014). The Varieties of Disinformation. In: Floridi, L., Illari, P. (eds) The Philosophy of Information Quality. Synthese Library, vol 358. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-319-07121-3_8

    Fetzer, J.H. Disinformation: The Use of False Information. Minds and Machines 14, 231–240 (2004). https://doi.org/10.1023/B:MIND.0000021683.28604.5b

    Kansa, E. (2012). Openness and archaeology’s information ecosystem. World Archaeology, 44(4), 498–520. https://doi.org/10.1080/00438243.2012.737575

    McIntyre, L. (2018) Post-Truth. Massachusetts: MIT.

    Rüdiger, F. (2015). O mito da agulha hipodérmica e a era da propaganda: 12 estudos de arqueologia do pensamento comunicacional. Porto Alegre: Editora Sulina.

    Tandoc Jr, E. C., Lim, Z. W., & Ling, R. (2018). Defining “fake news” A typology of scholarly definitions. Digital journalism, 6(2), 137-153.

    Tarín-Sanz, A.; Ter, M.; Vázquez-Liñán, M. (2018). Sistema mediático y propaganda en la Rusia de Putin. Salamanca: Comunicación Social Ediciones y Publicaciones.

    Varão, R. (2021). Harold Lasswell e o campo da Comunicação. Curitiba: CRV.

    Woolley, S. (2023). Manufacturing Consensus. New Haven e Londres: Yale University Press.

     

    Dossier “Harold Lasswell y el regreso de la propaganda: El centenario de la Técnica de Propaganda en la Guerra Mundial”

     Editores invitados:

    Rafiza Varão (Universidad de Brasilia - UnB)

    Luiz C. Martino (Universidad de Brasilia - UnB)

    Filipa Subtil (Escuela Superior de Comunicación Social, Instituto Politécnico de Lisboa - IPL y LIACOM)

    Rodrigo Miranda Barbosa (Universidad Federal de Pernambuco - UFPE)

    Fechas importantes:

    Fecha límite de envío: 15 de diciembre de 2025.

    Período de evaluación: del 15 de diciembre al 15 de marzo de 2026.

    Previsión de publicación de la edición: abril de 2026.

    El siglo XXI trajo cambios importantes al campo de la Comunicación que hoy, en su tercera década, ya no son noticia: la digitalización de los medios de información y comunicación, la popularización del uso de Internet y el surgimiento de las redes sociales, entre otros.  Todos estos nuevos elementos del ecosistema de la información (Kansa, 2012) ayudaron a generar un terreno fértil para el desarrollo de formas digitales de desinformación (Fetzer, 2004; Fallis, 2014), como las que se conocieron como noticias falsas.

    En 2017, cuando Tandoc, Lim y Ling realizaron el primer estudio de estado del arte sobre el tema, el término se confundió con la propia palabra desinformación, que en los años siguientes se convertiría en el paraguas bajo el cual se esconden diversos tipos de información falsa. La información estaría agrupada. Sin embargo, en la tipología creada por los autores ya estaba surgiendo una conexión importante entre el fenómeno y otro viejo conocido: la propaganda, un tema descuidado durante muchas décadas en detrimento de otras agendas de investigación. “Finalmente”, advirtieron los autores, “nuestro material muestra que ha habido un interés creciente en el concepto de propaganda debido a su relevancia para los acontecimientos políticos de los últimos años” (2017, p. 10).

    Entre los acontecimientos importantes relacionados con la investigación propagandística cuya tradición resurgió en estas tres primeras décadas de este siglo, destaca uno como punto de inflexión: la primera tesis doctoral sobre el tema, defendida por el politólogo Harold Lasswell en 1926 en la Universidad de Chicago, que también celebra su centenario. Publicado al año siguiente, Técnica de propaganda en la Guerra Mundial se convirtió en el hito pionero de los estudios académicos sobre propaganda de guerra y transformó a su autor en el experto estadounidense más importante en la materia durante muchos años.

    Este dossier de Esferas celebra no sólo el centenario de la tesis de Harold Lasswell sino también el próximo centenario de los estudios de propaganda, fundados en la necesidad de comprender este producto de los medios de comunicación y que, a pesar de sus múltiples facetas, sigue presentándose como un problema urgente a resolver. interpretado en la época contemporánea.

    Son bienvenidos artículos que aborden los siguientes temas (además de otras posibilidades relacionadas):

    • Un siglo de estudios de propaganda;
    • El trabajo de Harold Lasswell sobre propaganda, ayer y hoy;
    • Conceptos clásicos de propaganda desde un punto de vista epistemológico;
    • Conceptos clásicos de propaganda aplicados a la época contemporánea;
    • Teorías de la propaganda;
    • Autores clásicos de la propaganda;
    • Propaganda, desinformación y desinformación;
    • Propaganda, verdad y veracidad;
    • Propaganda y guerra;
    • Propaganda y tecnologías de la comunicación;
    • Propaganda y polarización política;
    • Propaganda, medios digitales y redes sociales.

     

    Referencias

    Baines, P., Snow, N., & O'Shaughnessy, N. (eds.) (2020). The Sage Handbook of Propaganda. Londres e Nova Delhi: Sage.

    Bolin, G., & Kunelius, R. (2023). The return of propaganda: Historical legacies and contemporary conceptualisations. Nordic Journal of Media Studies, 5(1), 1-16.

    Colon, D. (2019). Propagande: la manipulation de masse dans le monde contemporain. Paris: Belin Éditeur/Humensis.

    Correia, J. C., Gradim, A., & Morais, R. (2020). Pathologies and dysfunctions of democracy in the media context. Pathologies and dysfunctions of democracy in the media context 2ND VOLUME by João Carlos Correia, Anabela Gradim and Ricardo Morais. Beira Interior: LabCom Books.

    Donstrup, M. (2019). Sistema mediatico y propaganda en la Rusia de Putin. Politica y Sociedad, 56(1), 266-269.

    Fallis, D. (2014). The Varieties of Disinformation. In: Floridi, L., Illari, P. (eds) The Philosophy of Information Quality. Synthese Library, vol 358. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-319-07121-3_8

    Fetzer, J.H. Disinformation: The Use of False Information. Minds and Machines 14, 231–240 (2004). https://doi.org/10.1023/B:MIND.0000021683.28604.5b

    Kansa, E. (2012). Openness and archaeology’s information ecosystem. World Archaeology, 44(4), 498–520. https://doi.org/10.1080/00438243.2012.737575

    McIntyre, L. (2018) Post-Truth. Massachusetts: MIT.

    Rüdiger, F. (2015). O mito da agulha hipodérmica e a era da propaganda: 12 estudos de arqueologia do pensamento comunicacional. Porto Alegre: Editora Sulina.

    Tandoc Jr, E. C., Lim, Z. W., & Ling, R. (2018). Defining “fake news” A typology of scholarly definitions. Digital journalism, 6(2), 137-153.

    Tarín-Sanz, A.; Ter, M.; Vázquez-Liñán, M. (2018). Sistema mediático y propaganda en la Rusia de Putin. Salamanca: Comunicación Social Ediciones y Publicaciones.

    Varão, R. (2021). Harold Lasswell e o campo da Comunicação. Curitiba: CRV.

    Woolley, S. (2023). Manufacturing Consensus. New Haven e Londres: Yale University Press.

    Saiba mais sobre Dossiê Harold Lasswell e o retorno da propaganda: O centenário do livro Propaganda Technique in the World War
  • Dossiê Comunicação e Pensamento Indígena

    2024-09-02

    Editores e editoras convidados: 

    Andrielle Mendes (Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN) 

    Ricardo de Jesus Machado (Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB)

    Paula Rasia Lira (Universidade de São Paulo - USP)

    Renato Guimarães (University of Paris 1 Panthéon Sorbonne e Institute for Romance Studies, Friedrich Alexander-Universität Erlangen-Nürnberg)

    Datas importantes: 

    Data limite para submissão: 15 de agosto de 2025. 

    Período de avaliação: 16 de agosto a 15 de novembro de 2025. 

    Previsão de publicação da edição: dezembro de 2025. 

     

    O campo da Comunicação, tradicionalmente ancorado em paradigmas ocidentais, encontra no pensamento indígena uma oportunidade para expandir suas fronteiras epistemológicas e metodológicas. O pensamento dos povos originários do Brasil, representando 305 etnias e 274 línguas distintas (IBGE, 2010), oferece uma visão de mundo que transcende as dicotomias típicas do pensamento ocidental, como natureza e cultura, sujeito e objeto, corpo e espírito (Viveiros de Castro, 2002). Em vez de uma visão reducionista e linear da comunicação, o pensamento indígena nos propõe uma abordagem interconectada, onde a comunicação não se limita à troca de informações, mas é entendida como uma teia complexa que envolve cosmologia, espiritualidade, arte e vivência comunitária (Kopenawa & Albert, 2015).

    Essas perspectivas comunicacionais são profundamente enraizadas em uma compreensão do mundo que valoriza a interdependência entre todos os seres vivos, em consonância com a ideia de uma "partilha do sensível" (Rancière, 2000). A comunicação, sob essa ótica, não é apenas um processo técnico ou mediado por tecnologias, mas um ato relacional e ritualístico que sustenta a própria vida social e espiritual das comunidades (Cunha, 2009). "Há centenas de narrativas de povos que estão vivos, contam histórias, cantam, viajam, conversam e nos ensinam mais do que aprendemos nessa humanidade. Nós não somos as únicas pessoas interessantes no mundo, somos parte do todo. Isso talvez tire um pouco da vaidade dessa humanidade que nós pensamos ser, além de diminuir a falta de reverência que temos o tempo todo com as outras companhias que fazem essa viagem cósmica com a gente." (Krenak, 2019, p. 15)

    As cosmovisões indígenas oferecem alternativas concretas e simbólicas para enfrentar o colapso ambiental e social contemporâneo (Kopenawa & Albert, 2015; Krenak, 2019). A narrativa xamânica, por exemplo, integra elementos da natureza à prática de cura como formas de comunicação que são simultaneamente estéticas, éticas e políticas (Kopenawa & Albert, 2015). Essa complexidade do pensamento indígena é, portanto, crucial para o campo da Comunicação, pois nos desafia a reconsiderar nossas suposições sobre o que é comunicar, quem comunica e por quais meios (Viveiros de Castro, 2002). 

    “Em um país onde até hoje se discutem os efeitos do monopólio da fala (Sodré, 2010) e da monocultura da mente (Shiva, 2003), é interessante perceber a existência de grupos sociais que conferem o status de gente a não humanos e reconhecem a capacidade que não humanos têm de se expressar e dialogar” (Guilherme e Lacerda, 2024, p. 98), sobretudo, em países colonizados como o Brasil, onde a escravização conferiu status de sub-humanos a indígenas e negros, criando, como ressalta Ferreira da Silva (2019), uma dívida impagável.

    Mesmo que a restauração do valor total expropriado de terras nativas e corpos escravos (sic) - incluindo seus conhecimentos e tecnologias - seja tão improvável quanto incompreensível (Ferreira da Silva, 2019), desinvisibilizar as contribuições do pensamento indígena para os estudos comunicacionais pode ajudar a restituir uma parte desse valor (Guilherme, 2022).

    Mas, embora seja crescente o protagonismo de acadêmicos e anciões indígenas, que cada vez mais deixam de ocupar apenas o lugar de objetos de pesquisa para se tornar produtores de conhecimento de suas comunidades (Corrêa Xakriabá, 2018), o racismo científico/epistêmico/linguístico, ainda manifesto em espaços de produção de conhecimento científico, nos leva a indagar, parafraseando Spivak (2010): “pode o pesquisador indígena falar?” São vários os relatos de exclusão, violência e assédio, mas abundantes também as estratégias criadas pelos intelectuais oriundos de povos indígenas e outras comunidades tradicionais para produzir um “sentipensar” orgânico e confluente que espelhe a diversidade característica de um país com uma  raiz afropindorâmica tão resistente (Bispo, 2015). 

    Reconhecer a participação indígena no fazer epistemológico, observa Correa Xakriabá (2018), é uma forma de contribuir para o processo de descolonização de mentes e corpos, desconstruindo esse pensamento equivocado de que os povos indígenas não têm capacidade de ocupar os espaços de produção de conhecimento.

    Assim, o objetivo deste dossiê é oportunizar a visibilização desse pensamento outro, dessa outra forma de perceber e praticar a comunicação, que abre caminho para a efetivação de um diálogo interétnico e multiespécie, do qual advêm saberes, conceitos e abordagens que carregam dentro de si sementes capazes de propagar formas alternativas de pensar, criar e se relacionar com o mundo.

    Convidamos os pesquisadores à submissão de artigos que investiguem essas perspectivas, explorando como o pensamento indígena pode renovar, indigenizar e revitalizar as teorias e práticas comunicacionais contemporâneas. Buscamos contribuições que abordem a comunicação de maneira transdisciplinar, considerando aspectos cosmológicos, metafísicos, artísticos e experienciais que compõem a epistemologia indígena, contribuindo assim para a renovação do cânone da teoria comunicacional para que possa dialogar com as urgências do presente.

    Cultivando a “possibilidade de existir e pensar outramente” (Ferreira da Silva, 2019, p. 47), encorajamos, fortemente, pesquisadores indígenas - e também oriundos de outras comunidades tradicionais - a enviarem artigos para o dossiê a fim de compor um panorama atual acerca das contribuições do pensamento indígena para os estudos comunicacionais. Por isso, são bem vindos textos que abordam os seguintes pontos:

     

    • Contribuição de autores indígenas para os estudos da comunicação;
    • Inter-relação entre perspectivas indígenas e teorias da comunicação;
    • Arte indígena; cinema, publicidade, jornalismo e outras práticas comunicacionais indígenas.
    • Colonialidade do poder/saber/ser;
    • Epistemicídio e invisibilização dos acadêmicos indígenas (sobretudo das mulheres);
    • Descolonização dos currículos; educação e comunicação indígenas;
    • Racismo linguístico e epistêmico;

     

    Referências

    Correa Xakriabá, C. N. (2018). O Barro, o Genipapo e o Giz no fazer epistemológico de Autoria Xakriabá: reativação da memória por uma educação territorializada. (Dissertação de mestrado em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais). Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília. Brasília – DF. 218 p

    Cunha, M. C. da. (2009). Cultura com aspas e outros ensaios. Cosac Naify.

    IBGE. (2010). Censo Demográfico 2010: Resultados preliminares. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

    Ferreira da Silva, D. (2019). A dívida impagável. São Paulo: Oficina de imaginação política e Living Commons.

    Guilherme, A. C. M. M. (2022). Comunicadoras indígenas e a de(s)colonização das imagens. Orientador: Juciano de Sousa Lacerda. 2022. 289f. Tese (Doutorado em Estudos da Mídia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.

    Guilherme, A. C. M. M.; Lacerda, J. S. Um outro olhar: apontamentos sobre a representação dos povos indígenas na mídia. In: Viviani, A. E. A; DRIGO, M. O. (Orgs.). Mídia, violência e alteridade: perspectivas e debates. (2024). Curitiba, Paraná: Appris. 

    Kopenawa, D., & Albert, B. (2015). A Queda do Céu: Palavras de um xamã yanomami. Companhia das Letras.

    Krenak, A. (2019). Ideias para adiar o fim do mundo. Companhia das Letras.

    Rancière, J. (2000). A partilha do sensível: Estética e política. Editora 34.

    Santos, A. B. (2015). Colonização, quilombos: Modos e significações. Brasília: INCTI.

    Shiva, V. (2003). Monoculturas da mente: perspectivas da biodiversidade e da biotecnologia. Tradução Abreu Azevedo. São Paulo: Gaia.

    Sodré, M. (2010). O monopólio da fala: função e linguagem da televisão no Brasil. 8ª ed. Petrópolis: Vozes.

    Spivak, G. C. (2010). Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, André Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG.

    Viveiros de Castro, E. (2002). A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. Cosac Naify.

     

    Indigenous Thought and Communication

     

    The field of Communication, traditionally anchored in Western paradigms, finds in Indigenous thought an opportunity to expand its epistemological and methodological boundaries. The thinking of Brazil's Indigenous peoples, representing 305 ethnic groups and 274 distinct languages (IBGE, 2010), offers a worldview that transcends the typical dichotomies of Western thinking, such as nature and culture, subject and object, body and spirit (Viveiros de Castro, 2002). Instead of a reductionist and linear view of Communication, Indigenous thought proposes an interconnected approach, where Communication is not limited to the exchange of information but is a complex web involving cosmology, spirituality, art, and community life (Kopenawa & Albert, 2015).

     

    Recognizing Indigenous participation in epistemological work, as observed by Correa Xakriabá (2018), is a way of contributing to the process of decolonizing minds and bodies, deconstructing the perception that Indigenous peoples are unable to occupy spaces for the production of knowledge.

     

    This special issue aims to explore and make visible the Indigenous way of thinking, perceiving, and practicing Communication, paving the way for an interethnic and multispecies dialogue, from which emerge knowledge, concepts, and approaches that carry within them seeds capable of propagating alternative ways of thinking, creating, and relating to the world.

    Saiba mais sobre Dossiê Comunicação e Pensamento Indígena
  • Dossiê: Acontecimentos que (nos) afetam: crises, conflitos e resistências

    2024-07-04

    Editoras(es) convidadas(os):

    Denise Prado  (UFOP)

    Dôuglas Ferreira (UFMG/UFMT)

    Paula Simões (UFMG)

    Terezinha Silva (UFSC)

    Vera França (UFMG)

     

    EMENTA:

    Durante seu V Encontro realizado nos dias 25 e 26 de abril de 2024, a Rede Interinstitucional de Acontecimentos e Figuras Públicas, que reúne pesquisadoras e pesquisadores de várias instituições de ensino superior do Brasil,  propôs o debate sobre os conflitos e enfrentamentos que vêm atravessando o mundo contemporâneo. Vivemos um momento marcado por guerras, violências, ataques de múltiplas ordens, que se manifestam  tanto através de grandes acontecimentos quanto nas  formas de viver (e conviver) com a diferença em nosso dia-a-dia. O que nos interpela e ganha relevo tem sido especialmente as experiências de violência – envolvendo discursos de ódio, crises humanitárias, ecológicas, migratórias, políticas, sociais e culturais. Acontecimentos que nos afetam, instigam à ação e a (re)pensar o comum (QUERÉ, 2005; DEWEY, 1954). Vivemos tempo de guerras, mas também de resistências. Acontecimentos que nos submergem, personagens que ajudam a mudar a história. 

    A reflexão proposta para o V Encontro da Rede, e agora para este dossiê na Revista Esferas, procura incidir sobre a dimensão acontecimental das experiências públicas envolvidas na constituição desse mundo comum, cuja percepção não pode se dar sem certo assombro (PELBART, 2020).  Em um cenário marcado pela brutalidade, cabe problematizar e trazer à tona a potencialidade das reflexões comunicacionais, como “esse lugar de observação do mundo em movimento; dos quadros de sentido; do universo das imagens em suas junções e disjunções, consonâncias e dissonâncias estabelecidas por sujeitos ativos e atuantes que, em conjunto, e no atrito de suas afinidades e diferenças, constroem seu mundo partilhado” (FRANÇA, 2004, p. 25). 

    Referências

    DEWEY, John. The public and its problems. Chicago: The Swallon, 1954.

    FRANÇA, Vera. Representações, mediações e práticas comunicativas. In: PEREIRA, Miguel; GOMES, Renato C.; FIGUEIREDO, Vera Lúcia F. de. (Org.) Comunicação, representação e práticas sociais. Ed. PUC Rio, Rio de Janeiro, 2004, pp 13-26.

    QUÉRÉ, Louis. Entre o facto e sentido: a dualidade do acontecimento. In: Trajectos. Revista de Comunicação, Cultura e Educação, nº 6. Lisboa: ISCTE / Casa das Letras / Editorial Notícias, 2005, p. 59-75.

    PELBART, Peter Pál. Ensaios sobre o assombro. São Paulo: N-1 Edições,2019.

     

    Datas importantes:

    Data limite para submissão: 15 de setembro de 2024.

    Período de avaliação: 16 de  setembro a 15 de novembro de 2024.

    Previsão de publicação da edição: dezembro de 2024.

     

    Saiba mais sobre Dossiê: Acontecimentos que (nos) afetam: crises, conflitos e resistências
  • Dossiê Cultura visual e violências

    2024-06-16

    Dossiê: Cultura visual e violências

    Revista Esferas 2/2025

     Editores-convidados:

    Felipe Polydoro — Universidade de Brasília

    João Vitor Leal — Instituto Federal de Brasília

    Ileana Diéguez — Universidad Autónoma Metropolitana de México

    Jeremy Lehnen — Brown University

    Datas importantes:

    Data limite de submissão: 28 de fevereiro de 2025

    Período de avaliação: 28 de fevereiro a 15 de junho 2025

    Data prevista para publicação: 31 de agosto de 2025

    O contexto internacional de aprofundamento de autoritarismos e disseminação de necropoderes complexifica as relações entre mídia, imagem e violência. Nas sociedades de inimizade (Mbembe, 2017), os processos de militarização e “milicialização” banalizam progressivamente os usos políticos e econômicos do terror. Métodos de governo que exploram violência física e cultura do medo difundem-se entre instituições do Estado, organizações criminosas, estruturas privadas de segurança, milícias e até nos núcleos familiares. Trata-se de violências de cunho racista, misógino, LGBTQIA+fóbico e classista dirigidas majoritariamente a grupos vulnerabilizados. Como já ocorreu em outros momentos da história, o exercício do poder exige, simultaneamente, espetáculos de violência e invisibilização do outro (Mondzain, 2015). Nesse capitalismo gore (Valencia, 2010), a crueldade não só serve ao controle e descarte de populações, mas também produz valor. A destruição de corpos e a posterior veiculação de notícias e imagens brutais perfazem um circuito de capitalização interminável da tortura e da morte — no jornalismo sensacionalista, nas séries sobre crimes das plataformas de streaming e em perfis de redes sociais.

    Em contrapartida, fotografias e vídeos de evidência também perturbam a “ficção dominante” (Silverman, 1996), visibilizam e promovem a agência dos oprimidos e se tornam ferramentas eficazes de denúncia de violências de Estado, de microexércitos privados, grupos neo-fascistas etc. No cinema e nas artes visuais, inúmeros trabalhos dão expressão às sensibilidades e às "estruturas de sentimentos" (Williams, 2011) que emergem em tempos de brutalização das relações sociais. Neste campo, percebe-se também o esforço de representar o horror evitando o risco de, nas palavras de Saidiya Hartman, "replicar a gramática da violência" ao "reiterar discursos violentos e representar novamente rituais de tortura" (2020, p. 18). O objetivo deste dossiê é publicar trabalhos que analisam e discutem o fenômeno das violências sob o prisma da cultura visual. Entre os enfoques sugeridos (embora não exclusivos), podemos citar:

    - Políticas da representação e espetacularização da crueldade no audiovisual;

    - Articulações entre mídia, Estado penal e organizações criminais no capitalismo necropolítico;

    - Cultura do medo e controle social nos meios hegemônicos e nas redes digitais;

    - Novas estéticas e performances da violência no cinema, artes e outras manifestações visuais;

    - Imagens e narrativas que elaboram a violência social no âmbito da ficção;

    - Uso das imagens no combate à violência racista, contra as mulheres e contra a população LGBTQIAPN+;

    - Vídeos e fotos de guerra em tempos de redes sociais;

    - Produtos audiovisuais sobre traumas e catástrofes;

    - Contra-discursos visuais e subalternidade;

    - Relações entre violências física e simbólica em tempos de discursos de ódio;

    - História e historiografia das imagens de violência;

    - Narrativas visuais contra o capital extrativista no campo e na floresta.

    Referências:

    HARTMAN, S. Vênus em dois atos. Revista Eco-Pós, v. 23, n. 3, 2020.

    MONDZAIN, Marie-José. Homo spectator: ver, fazer ver. Lisboa: Orfeu Negro, 2015.

    MBEMBE, A. Políticas da inimizade. Lisboa: Antígona, 2017.

    SILVERMAN, Kaja. The threshold of the visible world. New York: Routledge, 1996.

    VALENCIA, Sayak. Capitalismo gore. Tenerife: Melusina, 2010.

    WILLIAMS, Raymond. Cultura e materialismo. São Paulo: Ed. Unesp, 2011.

    ------

    Special Issue: Visual Culture and Violence

    Important dates:

    Submission Deadline: February 28, 2025

    Review Period: February 28 to June 15, 2025

    Expected Publication Date: August 31, 2025

    The global rise in authoritarianism and the spread of necropower further complicate the relationships between media, imagery, and violence. In societies of enmity (Mbembe, 2017), the political and economic uses of terror become progressively normalized. Governance tactics that blend physical violence with a culture of fear permeate state institutions, criminal organizations, private security entities, and even family circles. These forms of violence—rooted in racism, misogyny, LGBTphobia, and classism—are directed primarily at vulnerable groups. Historically, the exercise of power has required both spectacles of violence and the invisibilization of the other (Mondzain, 2015). In the context of "capitalism gore" (Valencia, 2010), cruelty serves not only to control and discard populations but also as a source of profit. The destruction of bodies, and the subsequent dissemination of brutal news and imagery, create an endless cycle of capitalizing on torture and death—whether in sensationalist journalism, true crime series, or social media profiles.

    Conversely, witnesses' photos and videos disrupt the “dominant fiction” (Silverman, 1996), bringing visibility and amplifying the agency of the oppressed, thus serving as powerful tools to denounce violence inflicted by the state, private militias, neo-fascist groups, and others. In cinema and the visual arts, numerous works express the complex sensitivities and “structures of feeling” (Williams, 2011) that emerge amid the brutalization of social relations. This field also reflects an effort to represent horror while avoiding the risk, in Saidiya Hartman’s words, of "replicating the grammar of violence" by "reiterating violent discourses and rituals of torture" (2020, p. 18). This dossier aims to publish works that critically analyze and discuss violence through the lens of visual culture. Suggested (though not exclusive) areas of focus include:

    - The politics of representation and the spectacle of cruelty in audiovisual media;

    - Connections between media, the penal state, and criminal organizations in necropolitical capitalism;

    - The culture of fear and social control in mainstream media and digital networks;

    - Emerging aesthetics and performances of violence in cinema, the arts, and other visual forms;

    - Images and narratives that depict social violence within fictional frameworks;

    - The use of visual media to combat racist violence, misogyny, and violence against LGBTQIAPN+ communities;

    - War imagery in the era of social networks;

    - Audiovisual representations of trauma and catastrophe;

    - Counter-discourses in visual media and narratives of subalternity;

    - Relationships between physical and symbolic violence in an era of hate speech;

    - The history and historiography of violent imagery;

    - Visual narratives as resistance to extractivist capitalism in rural and forested areas.

    ------

    Dossier: Cultura visual y violencias

     Fechas importantes:

    Fecha límite de envío: 28 de febrero de 2025 

    Período de evaluación: del 28 de febrero al 15 de junio de 2025 

    Fecha estimada de publicación: 31 de agosto de 2025

    El contexto internacional de intensificación de los autoritarismos y de la propagación de necropoderes complejiza aún más las relaciones entre medios, imagen y violencia. En las sociedades de enemistad (Mbembe, 2017), los usos políticos y económicos del terror se normalizan progresivamente. Métodos de gobierno que combinan violencia física con una cultura del miedo se extienden por las instituciones del Estado, organizaciones criminales, estructuras privadas de seguridad e incluso en los núcleos familiares. Son formas de violencia marcadas por el racismo, la misoginia, la LGBTfobia y el clasismo, dirigidas principalmente contra grupos vulnerabilizados. Como en otros momentos de la historia, el ejercicio del poder demanda tanto espectáculos de violencia como la invisibilización del otro (Mondzain, 2015). En este “capitalismo gore” (Valencia, 2010), la crueldad no solo sirve para controlar y eliminar poblaciones, sino que también genera valor. La destrucción de cuerpos, seguida por la difusión de noticias e imágenes brutales, crea un ciclo interminable de capitalización de la tortura y la muerte, ya sea en el periodismo sensacionalista, en las series de true crime o en los perfiles de redes sociales.

    Sin embargo, fotos y videos utilizados como evidencia también desafían la “ficción dominante” (Silverman, 1996), dando visibilidad y agencia a los oprimidos y convirtiéndose en herramientas poderosas para denunciar la violencia ejercida por el Estado, los microejércitos privados, grupos neofascistas, entre otros. En el cine y las artes visuales, numerosos trabajos expresan las sensibilidades y “estructuras de sentimiento” (Williams, 2011) que emergen en tiempos de brutalización de las relaciones sociales. Este campo también refleja un esfuerzo por representar el horror sin correr el riesgo de, en palabras de Saidiya Hartman, "replicar la gramática de la violencia" al "reiterar discursos violentos y representar nuevamente rituales de tortura" (2020, p. 18).

    El objetivo de este dossier es publicar trabajos que analicen y discutan el fenómeno de la violencia a través del prisma de la cultura visual. Entre los enfoques sugeridos (aunque no exclusivos) se incluyen:

    - Políticas de representación y espectacularización de la crueldad en el audiovisual;

    - Articulaciones entre medios, Estado penal y organizaciones criminales en el capitalismo necropolítico;

    - Cultura del miedo y control social en los medios hegemónicos y redes digitales;

    - Nuevas estéticas y performances de la violencia en el cine, las artes y otras manifestaciones visuales;

    - Imágenes y narrativas que exploran la violencia social en el ámbito de la ficción;

    - Uso de imágenes en la lucha contra la violencia racista, la violencia contra las mujeres y contra la población LGBTQIAPN+;

    - Imágenes y videos de guerra en la era de las redes sociales;

    - Representaciones audiovisuales del trauma y la catástrofe;

    - Contradiscursos visuales y subalternidad;

    - Relaciones entre violencia física y simbólica en tiempos de discursos de odio;

    - Historia e historiografía de las imágenes de violencia;

    - Narrativas visuales de resistencia al capital extractivista en el campo y en la selva.

     

    ------

     

    Dossier : Culture visuelle et violences

     

    La montée mondiale de l’autoritarisme et la propagation du nécropouvoir complexifient davantage les relations entre les médias, l’image et la violence. Dans les sociétés de l’inimité (Mbembe, 2017), l’escalade conjointe des processus de militarisation et de « milicialisation » banalise progressivement les usages politiques et économiques de la terreur. Des méthodes de gouvernance qui modulent la violence physique et la culture de la peur se diffusent parmi les institutions d’État, les organisations criminelles, les structures de sécurité privée, et même les relations familiales. Ces formes de violence – ancrées dans le racisme, la misogynie, la LGBTphobie et le classisme – sont principalement dirigées contre des groupes vulnérables. Historiquement, l’exercice du pouvoir a exigé à la fois des spectacles de violence et l’invisibilisation de l’autre (Mondzain, 2015). Dans ce « capitalisme gore » (Valencia, 2010), la cruauté ne sert pas seulement au contrôle et à l’élimination des populations, mais produit également de la valeur. La destruction des corps, suivie de la diffusion d’actualités et d’images brutales, crée un cycle infini de capitalisation de la torture et de la mort – que ce soit dans le journalisme sensationnaliste, les séries « true crime » sur les plateformes de streaming, ou les profils sur les réseaux sociaux.

    D’autre part, les photographies et vidéos de témoignage perturbent la « fiction dominante » (Silverman, 1996), donnant visibilité et agentivité aux opprimés et devenant ainsi des outils efficaces de dénonciation des violences infligées par l’État, les milices privées, les groupes néo-fascistes, etc. Dans le cinéma et les arts visuels, de nombreuses œuvres expriment les sensibilités et les « structures de sentiment » (Williams, 2011) qui émergent face à la brutalisation des relations sociales. Dans ce domaine, on observe également des efforts pour représenter l’horreur tout en évitant le risque, selon Saidiya Hartman (2020), de « répliquer la grammaire de la violence » en « réiterant des discours violents et en représentant de nouveau les rituels de torture ». Ce dossier vise à publier des travaux qui analysent et discutent le phénomène des violences sous l’angle de la culture visuelle. Parmi les axes proposés on peut citer:

    • Politiques de la représentation et spectacularisation de la cruauté dans l’audiovisuel
    • Articulations entre médias, État penal et organisations criminelles dans le capitalisme nécropolitique;
    • Culture de la peur et contrôle social dans les médias dominants et les réseaux numériques;
    • Nouvelles esthétiques et performances de la violence dans le cinéma, les arts et autres formes visuelles:
    • Images et récits qui mettent en scène la violence sociale dans le cadre de la fiction ;
    • Utilisation des images dans la lutte contre les violences racistes, misogynes et envers la communauté LGBTQIAPN+ ;
    • Images de guerre à l’ère des réseaux sociaux;
    • Expressions audiovisuelles du trauma et de la catastrophe;
    • Contre-discours visuels et subalternité ;
    • Relations entre violence physique et violence symbolique à l’ère des discours de haine;
    • Histoire et historiographie des images de violence;
    • Récits visuels de résistance contre le capitalisme extrativiste dans les zones rurales et forestières.
    Saiba mais sobre Dossiê Cultura visual e violências
  • Dossiê Semiótica, Cognição e Comunicação

    2024-06-13

    Editoras convidadas:

    Priscila Borges (UnB)

    Patrícia Fonseca Fanaya (UnB)

     

    Data limite de submissão: 31 de janeiro de 2025

    Período de avaliação: 31 de janeiro a 15 de março 2025

    Data de publicação: até 30 de abril de 2025

    Número: Jan/Abr 2025

    Ementa: 

    Esta edição será dedicada a publicar estudos originais e consistentes, que examinem aspectos filosóficos e semióticos significativos dos diversos fenômenos, processos e resultados de comunicação. Os artigos devem considerar a amplitude do campo da comunicação sob uma perspectiva semiótico-cognitiva — podendo incluir, por exemplo, a comunicação linguística ou não-linguística, interpessoal, intercultural, retórica, digital, híbrida, de agentes não humanos, etc. A edição aceitará submissões de áreas de pesquisa estabelecidas e/ou emergentes a partir de vários fundamentos filosóficos, teóricos ou metodológicos — incluindo abordagens semióticas, cognitivas, interpretativas e críticas dos fenômenos comunicacionais.

     

    Call Title: Semiotics, Cognition and Communication

    Guest editors: Priscila Borges and Patrícia Fonseca Fanaya

    Number: Jan/Apr 2025

    Submission deadline: December 15, 2024

    Evaluation period: December 15th to March 15th 2025

    Publication date: until April 30, 2025

    Summary:

    This issue will publish original and consistent studies examining significant philosophical and semiotic aspects of the diverse phenomena, processes, and communication results. Articles must consider the breadth of the field of communication from a semiotic-cognitive perspective — which may include, for example, linguistic or non-linguistic, interpersonal, intercultural, rhetorical, digital, hybrid, non-human agent communication, etc. The edition will accept submissions from established and/or emerging research areas based on various philosophical, theoretical, or methodological foundations — including semiotic, cognitive, interpretative, and critical approaches to communication phenomena.

     

    Título de la convocatoria: Semiótica, Cognición y Comunicación

    Editoras invitadas: Priscila Borges y Patrícia Fonseca Fanaya

    Número: enero/abril de 2025

    Fecha límite de envío: 15 de diciembre de 2024

    Período de evaluación: 15 de diciembre al 15 de marzo de 2025

    Fecha de publicación: hasta el 30 de abril de 2025

    Resumen:

    Este número estará dedicado a publicar estudios originales y consistentes que examinen aspectos filosóficos y semióticos significativos de los diversos fenómenos, procesos y resultados de la comunicación. Los artículos deben considerar la amplitud del campo de la comunicación desde una perspectiva semiótica-cognitiva, que puede incluir, por ejemplo, comunicación lingüística o no lingüística, interpersonal, intercultural, retórica, digital, híbrida, con agentes no humanos, etc. La edición aceptará presentaciones de áreas de investigación establecidas y/o emergentes basadas en diversos fundamentos filosóficos, teóricos o metodológicos, incluidos enfoques semióticos, cognitivos, interpretativos y críticos de los fenómenos de la comunicación.

     

    Titre de l'appel : Sémiotique, cognition et communication

    Rédactrices invitées : Priscila Borges et Patrícia Fonseca Fanaya

    Numéro : janvier/avril 2025

    Date limite de dépôt : 15 décembre 2024

    Période d'évaluation : du 15 décembre au 15 mars 2025

    Date de publication estimée: 30 avril 2025

    Résumé:

    Ce numéro sera consacré à la publication d'études originales et cohérentes qui examinent des aspects philosophiques et sémiotiques significatifs des divers phénomènes, processus et résultats de la communication. Les articles doivent considérer l’étendue du domaine de la communication d’un point de vue sémiotique et cognitif – qui peut inclure, par exemple, la communication linguistique ou non linguistique, interpersonnelle, interculturelle, rhétorique, numérique, hybride, entre agents non humains, etc. L'édition acceptera des propositions provenant de domaines de recherche établis et/ou émergents basés sur divers fondements philosophiques, théoriques ou méthodologiques — y compris les approches sémiotiques, cognitives, interprétatives et critiques des phénomènes de communication.

    Saiba mais sobre Dossiê Semiótica, Cognição e Comunicação