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  • Dossiê Crise da Criatividade - A comunicação entre sabedoria e inteligência

    2023-07-28

     A revista Esferas recebe trabalhos para o dossiê : Crise da Criatividade - A comunicação entre sabedoria e inteligência

     

    Editora convidada:

    Soraya Guimarães Hoepfner (UFRN) 

     

    A Inteligência Artificial avança de forma irrefreável sobre todas as esferas da sociedade, no que já se configurou como o novo capítulo da Era da Informação, iniciada em meados do século passado. Independentemente do ângulo entre os extremos das tecnofobias e tecnofilias, a criatividade, esse traço inconfundível do que é ser humano entra em questão.  

     

    A criatividade é explorada na filosofia desde Aristóteles, passando por Bergson e suas considerações sobre memória e imaginação, aos estudos mais recentes no campo da chamada “filosofia da criatividade”; investigada nos extensos estudos da psicologia, mas também abordada na educação, com o legado de Paulo Freire, seria ela também agora algo maquinal?

     

    Especialmente no universo da comunicação, nas suas mais diversas práticas, a perspectiva geral sobre a criatividade hoje soa cada vez mais vanguardista, como se a velha máxima atribuída a Abelardo Barbosa (Chacrinha) “nada se cria, tudo se copia” desde sempre tivesse preparado a não divinização do criativo. Não obstante, esse mesmo universo se vê sacudido por mais um prenúncio apocalíptico, como outrora vivemos com a “morte do livro”, ou do “espetáculo ao vivo”.

     

    Mas, em que medida a nova experiência da produção de conteúdo maquinal representa uma “ameaça” e quais os caminhos que poderão, em primeira instância, apontar uma saída para os educadores e profissionais da comunicação e, em última, para a criatividade per si. Seria o caso de se começar a questionar, inicialmente, o que é inteligência e o que é sabedoria?

     

    Nesta edição da revista Esferas, convidamos pesquisadores e pesquisadoras da comunicação e áreas afins a enviar colaborações que abordem em qualquer ângulo possível a crise da criatividade associada aos desdobramentos da inteligência artificial em relação às práticas comunicacionais. Nesse sentido, sugerimos o envio de artigos, relatórios de pesquisas, ensaios visuais e tópicos relacionados a:

     

    - Estudos audiovisuais: roteiristas, cineastas e artistas visuais versus inteligência artificial;

    - Estudos do jornalismo: perspectivas da inteligência informacional, tendências e inovações na prática jornalística;

    - Estudos da publicidade: direitos autorais e indústria criativa; impactos e transformações na linguagem publicitária;

    - Estudos da mídia: a virada pós-moderna, novas mídias e análises das teorias da comunicação aplicadas à questão da inteligência artificial;

    - A inteligência artificial, a comunicação e a sabedoria.

     

    Prazos:

    Data limite de submissão: 21 de dezembro de 2023

    Data prevista para publicação: 31 de agosto de 2024

     

    Referências:

     

    ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco. São Paulo: Edipro, 2018.

    BERGSON, Henri. Aulas de psicologia e Metafísica. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

    FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.

    DURHAM, Meenakshi G. e KELLNER, Douglas M. Media and Cultural Studies: Keyworks. Revised Edition. Blackwell Publishing, 2006.

    KAUFMAN, Scott B. e SAMUEL Paul E. (Ed.). Philosophy of Creativity: New Essays. Oxfort University Press, 2014.

    KOLJONEN, Johanna. Nostradamus Report 2023: Everything Changing All at Once. Göteburg Film Academy, 2023.

    MEIER, Klaus et. Ali. Examining the Most Relevant Journalism Innovations. A Comparative Analysis of Five European Countries from 2010 to 2020. In: Journal. Media 2022, 3, p. 698–714.

    WIENER, Norbert. Deus, Golen e Co. São Paulo, Kultrix, 1971.

     

     

    The Crisis of Creativity – Communication Between Wisdom and Intelligence

     

    Guest Editor: Soraya Guimarães Hoepfner (UFRN) 

    Artificial Intelligence advances unstoppably over all spheres of society in the latest chapter of the Information Age, begone in the mid-20th Century. Regardless of the point in which we find ourselves among the extremes of technophobia and technophilia, creativity, that unmistakable trait of being human, is questioned.  

    As singularly human, creativity has been deeply regarded in Philosophy, from Aristotle to Bergson and his considerations on memory and imagination, or to the more recent studies in the so-called "philosophy of creativity" field. It has been even more investigated in psychology studies or Education by the legacy of Paulo Freire. But is creativity now also machinic?

    Thanks to the avant-garde old maxim attributed to the Entertainment TV icon Abelardo Barbosa (Chacrinha), "nothing is created, everything is copied", a most avant-garde notion of creativity seems to have been already familiar to the Communication realm and its diverse practices as if the field has always been prepared to its ‘non-divinization’ of the creative. Nevertheless, the entire area is shaken by yet another apocalyptic harbinger, such as we once lived with the "death of the book" or the "live spectacle."

    But, to what extent does the new experience of machine content creation represent a "threat", and what paths can, in the first instance, point to a way out for educators and communication professionals and ultimately for creativity per se? What if we begin by questioning what is Intelligence and what is Wisdom?

    The next issue of the scientific journal Esferas invites researchers from communication and related research fields to collaborate in discussing any angle of the crisis of creativity associated with the unfolding of artificial intelligence related to communication practices. We welcome papers, research reports, and visual essays, especially on the following topics:

     - Audiovisual Studies: screenwriters, filmmakers, and visual artists versus artificial intelligence

    - Journalism Studies: perspectives of informational intelligence, trends, and innovations in journalistic practice

    - Advertising Studies: copyright and creative industry; impacts and transformations in advertising language

    - Media Studies: the postmodern turn, new media, and analyses of communication theories applied to the issue of artificial intelligence

    - Artificial intelligence, communication, and wisdom

    Deadlines:

    Deadline for submissions: December 21, 2023

    Expected date of publication: August 31, 2024

     

    References:

     

    ARISTOTLE. Nichomachean Ethics.

    BERGSON, Henri. Cours I: Leçons de psychologie et de métaphysique, Paris: Presses Univesitaires de France, 1990.

    DURHAM, Meenakshi G. e KELLNER, Douglas M. Media and Cultural Studies: Keyworks. Revised Edition. Blackwell Publishing, 2006.

    FREIRE, Paulo. Education as Practice of Freedom. Publishing Cooperative, 1976.

    KAUFMAN, Scott B. e SAMUEL Paul E. (Ed.). Philosophy of Creativity: New Essays. Oxford University Press, 2014.

    KOLJONEN, Johanna. Nostradamus Report 2023: Everything Changing All at Once. Göteburg Film Academy, 2023.

    MEIER, Klaus et. Ali. Examining the Most Relevant Journalism Innovations. A Comparative Analysis of Five European Countries from 2010 to 2020. In: Journal. Media 2022, 3, p. 698–714.

    WIENER, Norbert. God, Golen e Co. MIT Press, 1966.

     

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  • Prorrogação do prazo da chamada para o dossiê Pensamentos comunicacionais afrodiaspóricos (2023/3)

    2023-07-11

    Estamos prorrogando até o dia 15 de agosto as submissões para o dossiê Pensamentos Comunicacionais Afrodiaspóricos (2023/3), editado pelo prof. Dr. Alan Santos de Oliveira - Universidade de Brasília (UnB) e pelo prof. Dr. Deivison Moacir Cezar de Campos - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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  • CHAMADA PARA O DOSSIÊ FAKE NEWS & DESINFORMAÇÃO - Edição n. 29 (2024/1)

    2023-06-29

     

     

    Editora convidada: Thaïs de Mendonça Jorge (UnB)

     

    A desinformação, em si mesma, não é um fenômeno novo. Antigos relatos o consideram uma estratégia militar, quando contrainformações eram utilizadas para confundir a comunidade e levá-la a determinadas escolhas. Portanto, “mobilizar e manipular a informação era característica da história muito antes do jornalismo moderno estabelecer padrões que definem as notícias como um gênero com base em regras particulares de integridade” (IRETON; POSETTI, 2019). A complexidade do fenômeno desinformação parece mais abrangente que uma mentira comum ou uma informação errônea, pois envolve recortar, descontextualizar e fragmentar aspectos da realidade, falseando os conteúdos e apresentando-os em formatos jornalísticos, por exemplo, o que levou ao epíteto “fake news”. Sabemos que a desinformação pode causar grave prejuízo ao interesse público, colocando em risco a cidadania e a democracia.

    Por um lado, a avalanche de informações incorretas nas redes sociais durante a pandemia levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar a existência de uma infodemia – excesso de informações, incluindo as falsas e enganosas, em ambientes digitais e físicos – durante um surto de doença, no caso, a Covid-19.  A literatura científica mostra que a crença em informações incorretas está associada a uma menor predisposição à vacinação, prejudicando o enfrentamento do coronavírus e incrementando a possibilidade de que outros vírus circulem na sociedade sem a necessária prevenção. Por outro lado, o termo “fake news” é rechaçado pela comunidade jornalística e pela de comunicação em geral, pois as mentiras relacionadas às notícias apropriam-se da forma consagrada de apresentação das informações no jornalismo para tentar iludir a população.

    As diferentes manifestações em torno do fenômeno da desinformação o tornaram um dos preferidos nos últimos tempos, em pesquisas científicas de setores distintos da comunidade acadêmica: do Direito à Filosofia, da Comunicação à Literatura, da Saúde à Psicologia, da História à Sociologia, investigações de vários teores vêm aparecendo, com o objetivo de cercar este fato, de aproximá-lo das lentes da Ciência, com o fim de compreendê-lo em sua essência ou em seus sintomas, explicando-o, descrevendo-o.

    Sem deixar de reconhecer e valorizar a diversidade do problema no âmbito das ciências sociais e humanas, destacam-se alguns subtemas a serem acolhidos por esta edição da Revista Esferas:

    1. Fake news, ciência e tecnologia;
    2. História e memória da desinformação;
    3. Conceitos e definições de fake news;
    4. Comunicação pública e desinformação;
    5. Mentira, má informação e informação falsa;
    6. Notícias falsas e jornalismo;
    7. Teorias do jornalismo; manipulação e distorção;
    8. Saberes tradicionais e saberes científicos no jornalismo: a objetividade;
    9. Literacia midiática, educação para a mídia;
    10. Fake news e saúde.

     

    Convidamos os pesquisadores e autores a apresentar suas pesquisas que envolvam o tema da desinformação a fim de provocar o debate e contribuir no tensionamento de tão importante questão para a sociedade.

     

    REFERÊNCIA

    IRETON, C.; POSETTI, J. (Eds.) Journalism, fake news and disinformation. Handbook of Journalism, Education and Training.  Unesco Series in Journalism Education. Paris: United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, 2018.

     

    Data limite de submissão: 15 de dezembro de 2023
    Período de avaliação: 15 de dezembro a 15 de março
    Data de publicação: até 30 de abril de 2024

     

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  • Chamada para o dossiê: COMUNICAÇÃO, GÊNEROS E SEXUALIDADES (2023/2)

    2022-06-20

    Editoras e Editores:

    Clarissa Raquel Motter Dala Senta – Mestrado Profissional Inovação em Comunicação/Economia Criativa – Universidade Católica de Brasília. 

    Fernanda Capibaribe Leite – Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco/Coordenação GT Comunicação, Gêneros e Sexualidades.

    Felipe Viero Kolinski Machado Mendonça – Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Ouro Preto/ Coordenação GT Comunicação, Gêneros e Sexualidades.

    Leandro Bessa de Oliveira - Mestrado Profissional Inovação em Comunicação/Economia Criativa – Universidade Católica de Brasília. 

    CRONOGRAMA

    Data prevista para publicação: 31 de agosto de 2023

    Data inicial de submissão: 21 de junho de 2022

    Data limite de submissão: 21 de dezembro de 2022

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